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Confiança do consumidor cai 5,8 pontos em dezembro, aponta FGV

23/12/2016 09h46

O consumidor brasileiro mostrou-se bem menos confiante neste mês por causa da preocupação com o desemprego e as perspectivas ruins para as finanças da família, segundo a sondagem mensal feita pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança do Consumidor recuou 5,8 pontos, para 73,3 pontos, o menor desde junho deste ano. O nível do indicador neste fim de ano é um pouco melhor que o de dezembro de 2015, quando marcou 64,9 pontos.

"O ano termina com consumidores insatisfeitos com a situação presente e pessimistas em relação aos meses seguintes. A avaliação sobre o mercado de trabalho é a pior dos últimos 11 anos; as projeções para a inflação são ainda elevadas e o endividamento das famílias dificulta ainda mais a construção de um cenário favorável. Some-se a isso o aumento de incertezas no front econômico e político e obtém-se uma sinalização de consumidores muito cautelosos no início de 2017" afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora da Sondagem do Consumidor.

Pelo segundo mês consecutivo houve diminuição da satisfação dos consumidores em relação à situação presente e piora das expectativas em relação aos meses seguintes. O Índice da Situação Atual (ISA) recuou 3,8 pontos, para 64,1 pontos, menor nível da série histórica, enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 6,9 pontos, atingindo 80,8, menor desde junho (77,1).

As avaliações dos consumidores sobre as finanças familiares pioraram pelo segundo mês consecutivo. O indicador que mede o grau de satisfação em relação à Situação Financeira das Famílias caiu 4,9 pontos atingindo 57,5 pontos, o menor valor desde julho desse ano (57,2).

Entre os itens que integram o ICC, o indicador que mais contribuiu para a queda do índice em dezembro é o que mede o otimismo em relação à situação financeira das famílias no futuro, com queda de 7,7 pontos em dezembro.

Comparando os resultados por faixas de renda, houve redução da confiança de todos os níveis. O recuo mais expressivo ocorreu no caso dos consumidores na faixa de renda familiar mensal mais elevada, acima de R$ 9.600,00.

A sondagem colheu informações de 2.007 domicílios entre os dias 1 e 20 de dezembro.