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Ibovespa sobe mais de 3,7% com dados positivos da China e dos EUA

03/01/2017 18h40

No primeiro dia efetivo de negociação nos mercados financeiros depois do recesso do final de ano, o Ibovespa fechou com alta de 3,73% aos 61.814 pontos. O movimento financeiro ficou em R$ 6,1 bilhões, com a volta dos investidores estrangeiros. Ainda é cedo para avaliar se esse movimento de valorização pode continuar pelas próximas semanas, mas é possível afirmar que o desempenho está sendo melhor do que o do ano passado.

Na primeira semana de janeiro do ano passado, o Ibovespa caiu 3,63%. No fim do mês, a queda foi de 4,12%, saindo dos 42.141 para 40.405 pontos. Naquela época, os investidores estavam receosos com o enfraquecimento da economia chinesa e os reflexos para o resto do mundo.

Atualmente, ainda há dúvidas sobre o cenário internacional e os impactos para o mercado financeiro. A maior delas é sobre as medidas que serão implementadas pelo governo do presidente eleito nos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro. No Brasil, o receio recai sobre a evolução da Operação Lava-Jato e as possíveis implicações para a base aliada do presidente Michel Temer, o que poderia atrasar a aprovação de reformas estruturais.

O consenso entre os investidores é de que o ano pode ter períodos de volatilidade, mas a tendência continuará positiva para a bolsa de valores brasileira. O excesso de liquidez global será um dos fatores que devem manter os investimentos em países emergentes como o Brasil.

Hoje, a retomada das negociações das bolsas americanas, a divulgação de dados econômicos melhores do que o esperado na China e expectativa de que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central corte os juros na semana que vem ajudaram na valorização do Ibovespa.

O S&P 500 operava com ganho de 0,50%, o Nasdaq tinha alta de 0,49% e o Dow Jones subia 0,27%. Hoje foram divulgados dados que mostraram que o crescimento da atividade nas fábricas americanas se acelerou em dezembro do ano passado. O índice de atividade industrial do Instituto de Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) subiu para 54,7 em dezembro. Em novembro, havia ficado em 53,2. Os gastos com construção nos Estados Unidos também subiram mais do que o esperado em novembro, em mais um sinal de que a economia continua a ganhar dinamismo.

Na China, o PMI Caixin-Markit subiu para 51,9 em dezembro. Em novembro havia ficado em 50,9 em novembro. Esse dado acima do esperado, mostrando crescimento da economia chinesa, fez com que as ações da Vale fechassem em alta. Os papéis PNA subiram 5,51% e as ações ordinárias tiveram alta de 0,73%. As ações das demais empresas siderúrgicas também fecharam em alta. Os papéis da Braskem subiram 5,71%, as ações da Gerdau ganharam 2,86%, os papéis da CSN tiveram alta de 5,16% e Usiminas PNA subiu 5,15%.

As ações da Petrobras também fecharam em alta. Pela manhã, a valorização foi atribuída à alta no preço internacional do barril do petróleo. À tarde, quando a cotação internacional do produto passou a cair, investidores afirmaram que circularam pelas mesas de operação rumores de que a estatal poderia anunciar um aumento de preço dos combustíveis ainda nesta semana. Os papéis preferenciais tiveram alta de 5,73% e as ações ordinárias ganharam 6,35%.

Já as ações das construtoras subiram com a expectativa de que o Copom corte os juros básicos da economia na semana que vem. Hoje, os juros estão em 13,75% ao ano e a expectativa é de que haja uma redução de, pelo menos, 0,50 ponto percentual. Os papéis da Cyrela tiveram a maior alta do dia e subiram 8,46%, as ações da Gafisa ganharam 10,11% e os papéis da Helbor marcaram valorização de 19,50%.