Dólar tem leve alta afetado pelo exterior e mercado especula sobre BC
As vendas de dólares perderam força acompanhando o movimento no exterior, o que levou a moeda americana a fechar perto da estabilidade frente ao real. Com o dólar abaixo de R$ 3,20, o mercado discute a possibilidade de retomada das intervenções do Banco Central no câmbio.
Pela manhã, o dólar chegou a cair frente ao real, negociando a R$ 3,1809 na mínima do dia diante da expectativa de aumento de fluxo de recursos para o Brasil com a retomada das captações externas. Mas à tarde, a moeda americana reduziu as perdas e o dólar comercial fechou em ligeira alta de 0,04% a R$ 3,1977, acompanhando o movimento no exterior.
Já o contrato futuro para fevereiro recuava 0,03% para R$ 3,218.
O movimento de queda do dólar no início do ano, que acumula desvalorização de 1,63% recuando para abaixo de R$ 3,20, tem levado o mercado a discutir a possibilidade da retomada dos leilões dos contratos de swap cambial reverso, que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro. Desde 9 de novembro o BC não realiza esse tipo de operação.
O debate é sustentado pelo fato de, até o momento, o Banco Central não ter dado sinais sobre a rolagem de US$ 6,431 bilhões em swaps cambiais tradicionais que vencem no começo de fevereiro.
Segundo o chefe de estruturação e vendas de derivativos do BofA Merrill Lynch, Nuno Martins, a queda da moeda americana em janeiro tem sido sustentada por três fatores.
O primeiro deles é a expectativa de aumento de fluxo de recursos para o Brasil via a conta financeira com o fechamento de algumas operações de fusões e aquisições no fim do ano passado e a retomada das emissões de bônus de empresas brasileiras no exterior neste início do ano.
A Petrobras emitiu ontem US$ 4 bilhões no mercado internacional e mais empresas devem anunciar emissões nos próximos dias. Raízen e Fibria devem anunciar captações de US$ 500 milhões cada até o fim da semana. Braskem já confirmou que está estudando operação no mercado externo, além de Vale, Embraer e Cemig. Para o ano, a expectativa é de um total de US$ 25 bilhões em captações, 25% a mais que em 2016. "Os investidores se antecipam a esse fluxo e aumentam a venda de dólares", afirma Martins.
Além disso, é esperado um aumento do fluxo das vendas da safra de soja de 2017, que deve ser negociada até abril.
Outro fator que tem beneficiado o real é a alta do preço das commodities que tem sustentado a boa performance das moedas de países exportadores de matérias-primas. No ano, o real é a quarta moeda com melhor performance frente ao dólar atrás do rublo, iene e dólar australiano. "Por esse motivo, estamos mais céticos em relação à possibilidade do Banco Central voltar a realizar leilões de swap cambial reverso, uma vez que o real não está descolado das moedas atreladas a commodities", diz Martins.
O executivo também lembra que o BC pode esperar a decisão de política monetária amanhã. Uma queda maior da taxa básica de juros em 0,75 ponto pode reduzir a pressão vendedora de dólar e diminuir a necessidade do BC retomar as intervenções para reduzir uma eventual volatilidade com aumento do fluxo.
Pela manhã, o dólar chegou a cair frente ao real, negociando a R$ 3,1809 na mínima do dia diante da expectativa de aumento de fluxo de recursos para o Brasil com a retomada das captações externas. Mas à tarde, a moeda americana reduziu as perdas e o dólar comercial fechou em ligeira alta de 0,04% a R$ 3,1977, acompanhando o movimento no exterior.
Já o contrato futuro para fevereiro recuava 0,03% para R$ 3,218.
O movimento de queda do dólar no início do ano, que acumula desvalorização de 1,63% recuando para abaixo de R$ 3,20, tem levado o mercado a discutir a possibilidade da retomada dos leilões dos contratos de swap cambial reverso, que equivalem a uma compra de dólares no mercado futuro. Desde 9 de novembro o BC não realiza esse tipo de operação.
O debate é sustentado pelo fato de, até o momento, o Banco Central não ter dado sinais sobre a rolagem de US$ 6,431 bilhões em swaps cambiais tradicionais que vencem no começo de fevereiro.
Segundo o chefe de estruturação e vendas de derivativos do BofA Merrill Lynch, Nuno Martins, a queda da moeda americana em janeiro tem sido sustentada por três fatores.
O primeiro deles é a expectativa de aumento de fluxo de recursos para o Brasil via a conta financeira com o fechamento de algumas operações de fusões e aquisições no fim do ano passado e a retomada das emissões de bônus de empresas brasileiras no exterior neste início do ano.
A Petrobras emitiu ontem US$ 4 bilhões no mercado internacional e mais empresas devem anunciar emissões nos próximos dias. Raízen e Fibria devem anunciar captações de US$ 500 milhões cada até o fim da semana. Braskem já confirmou que está estudando operação no mercado externo, além de Vale, Embraer e Cemig. Para o ano, a expectativa é de um total de US$ 25 bilhões em captações, 25% a mais que em 2016. "Os investidores se antecipam a esse fluxo e aumentam a venda de dólares", afirma Martins.
Além disso, é esperado um aumento do fluxo das vendas da safra de soja de 2017, que deve ser negociada até abril.
Outro fator que tem beneficiado o real é a alta do preço das commodities que tem sustentado a boa performance das moedas de países exportadores de matérias-primas. No ano, o real é a quarta moeda com melhor performance frente ao dólar atrás do rublo, iene e dólar australiano. "Por esse motivo, estamos mais céticos em relação à possibilidade do Banco Central voltar a realizar leilões de swap cambial reverso, uma vez que o real não está descolado das moedas atreladas a commodities", diz Martins.
O executivo também lembra que o BC pode esperar a decisão de política monetária amanhã. Uma queda maior da taxa básica de juros em 0,75 ponto pode reduzir a pressão vendedora de dólar e diminuir a necessidade do BC retomar as intervenções para reduzir uma eventual volatilidade com aumento do fluxo.
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