Realização de lucros faz dólar avançar sobre real
O dólar praticamente zera todas as perdas da semana ao subir mais de 1% ante o real nesta sexta-feira. Operadores dizem que o cenário externo dita uma realização de lucros, depois de o real ter chegado a anular todas as perdas sofridas com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.
Às 13h27, o dólar comercial subia 1,16%, a R$ 3,2119. O dólar para fevereiro avançava 0,87%, a R$ 3,231.
O dólar se fortalece contra outras divisas emergentes, retomando a trajetória de ascensão contra a lira turca, depois da pausa de ontem.
Enquanto ontem a moeda americana caía de forma generalizada, hoje ganha força ante divisas emergentes, mas se mantém em baixa contra euro, iene e outras moedas fortes.
No ano, o real ainda se valoriza cerca de 1%, mesmo depois de ter subido 21% no ano passado, melhor desempenho entre as principais moedas. As expectativas de fluxo continuam dando suporte à moeda.
Juros
A inclinação da curva de juros cai ao menor patamar em mais de um mês nesta sexta-feira, num movimento que sugere melhora de percepção de risco no dia seguinte à reação positiva do mercado ao corte mais intenso da Selic.
As taxas curtas mostram viés de alta, com dados melhores do IBC-Br e alta do dólar servindo de argumento para alguma acomodação depois das fortes quedas da véspera. O DI janeiro de 2018 chegou a exibir ontem a maior queda em pontos-base em um ano.
O IBC-Br subiu 0,20% sobre outubro, com ajuste sazonal, bem melhor que a taxa média de 0,01% prevista por economistas consultados pelo Valor. E o Monitor do PIB apontou expansão de 0,67% em novembro sobre outubro. Até houve queda de 1,5% em 12 meses, mas no ritmo mais lento desde junho de 2015.
A fraqueza da atividade econômica, que ajudou a reduzir mais as expectativas de inflação, foi um dos argumentos do Copom para justificar a aceleração do corte da Selic de 0,25 ponto percentual para 0,75 ponto. O mercado esperava, de forma geral, declínio de 0,50 ponto.
Os dados melhores na margem, contudo, não alteram a expectativa de manutenção do ritmo de cortes da Selic nos próximos meses. A curva projeta 65% de chance de corte de 0,75 ponto da Selic em fevereiro. Ontem, essa precificação estava em 70%.
Às 13h27, o DI janeiro de 2018 ia a 11,045% ao ano, frente a 11,000% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2021 mostrava 10,780%, contra 10,770% do ajuste de ontem.
Bolsa
O Ibovespa operou sem fortes variações durante toda a manhã. No começo da tarde, adotou um tom levemente negativo, com realização de lucros após alta de 2,41% ontem. Essa correção faz o mercado operar na contramão do exterior. O Ibovespa caía 0,25% às 13h34, aos 63.791 pontos, enquanto o S&P500 ganhava 0,28%.
Segundo operadores, as quedas do petróleo e do minério de ferro ajudam a manter o Ibovespa no terreno negativo. Ações da economia local se dividem entre as maiores altas e quedas do índice. Parte dos papéis ainda encontra fôlego para subir com o corte de juros, mas outra parcela já devolve lucros. Ações de commodities, que dominavam as perdas do dia, mostram comportamento variado.
Sobem Embraer (2,43%), Estácio (2,3%) e CCR (1,92%). As maiores quedas estão com BRF (-2,78%), Cemig (-2,78%) e JBS (-2,49%).
Embraer sobe, após divulgar hoje que sua carteira de pedidos firmes a entregar ("backlog") atingiu US$ 19,6 bilhões em 31 de dezembro de 2016, queda de 12,9% sobre os US$ 22,5 bilhões registrados ao fim de 2015. Apesar da queda, a Embraer encerrou o ano de 2016 com 108 aeronaves entregues ao mercado de aviação comercial e 117 no segmento de aviação executiva, sendo 73 jatos leves e 44 jatos grandes - os números ficaram dentro das metas estabelecidas para o ano. O total de 225 aeronaves entregues no ano passado equivale a uma alta de 1,8% sobre 2015 e representa o maior volume de entregas dos últimos seis anos.
Às 13h27, o dólar comercial subia 1,16%, a R$ 3,2119. O dólar para fevereiro avançava 0,87%, a R$ 3,231.
O dólar se fortalece contra outras divisas emergentes, retomando a trajetória de ascensão contra a lira turca, depois da pausa de ontem.
Enquanto ontem a moeda americana caía de forma generalizada, hoje ganha força ante divisas emergentes, mas se mantém em baixa contra euro, iene e outras moedas fortes.
No ano, o real ainda se valoriza cerca de 1%, mesmo depois de ter subido 21% no ano passado, melhor desempenho entre as principais moedas. As expectativas de fluxo continuam dando suporte à moeda.
Juros
A inclinação da curva de juros cai ao menor patamar em mais de um mês nesta sexta-feira, num movimento que sugere melhora de percepção de risco no dia seguinte à reação positiva do mercado ao corte mais intenso da Selic.
As taxas curtas mostram viés de alta, com dados melhores do IBC-Br e alta do dólar servindo de argumento para alguma acomodação depois das fortes quedas da véspera. O DI janeiro de 2018 chegou a exibir ontem a maior queda em pontos-base em um ano.
O IBC-Br subiu 0,20% sobre outubro, com ajuste sazonal, bem melhor que a taxa média de 0,01% prevista por economistas consultados pelo Valor. E o Monitor do PIB apontou expansão de 0,67% em novembro sobre outubro. Até houve queda de 1,5% em 12 meses, mas no ritmo mais lento desde junho de 2015.
A fraqueza da atividade econômica, que ajudou a reduzir mais as expectativas de inflação, foi um dos argumentos do Copom para justificar a aceleração do corte da Selic de 0,25 ponto percentual para 0,75 ponto. O mercado esperava, de forma geral, declínio de 0,50 ponto.
Os dados melhores na margem, contudo, não alteram a expectativa de manutenção do ritmo de cortes da Selic nos próximos meses. A curva projeta 65% de chance de corte de 0,75 ponto da Selic em fevereiro. Ontem, essa precificação estava em 70%.
Às 13h27, o DI janeiro de 2018 ia a 11,045% ao ano, frente a 11,000% no ajuste anterior. O DI janeiro de 2021 mostrava 10,780%, contra 10,770% do ajuste de ontem.
Bolsa
O Ibovespa operou sem fortes variações durante toda a manhã. No começo da tarde, adotou um tom levemente negativo, com realização de lucros após alta de 2,41% ontem. Essa correção faz o mercado operar na contramão do exterior. O Ibovespa caía 0,25% às 13h34, aos 63.791 pontos, enquanto o S&P500 ganhava 0,28%.
Segundo operadores, as quedas do petróleo e do minério de ferro ajudam a manter o Ibovespa no terreno negativo. Ações da economia local se dividem entre as maiores altas e quedas do índice. Parte dos papéis ainda encontra fôlego para subir com o corte de juros, mas outra parcela já devolve lucros. Ações de commodities, que dominavam as perdas do dia, mostram comportamento variado.
Sobem Embraer (2,43%), Estácio (2,3%) e CCR (1,92%). As maiores quedas estão com BRF (-2,78%), Cemig (-2,78%) e JBS (-2,49%).
Embraer sobe, após divulgar hoje que sua carteira de pedidos firmes a entregar ("backlog") atingiu US$ 19,6 bilhões em 31 de dezembro de 2016, queda de 12,9% sobre os US$ 22,5 bilhões registrados ao fim de 2015. Apesar da queda, a Embraer encerrou o ano de 2016 com 108 aeronaves entregues ao mercado de aviação comercial e 117 no segmento de aviação executiva, sendo 73 jatos leves e 44 jatos grandes - os números ficaram dentro das metas estabelecidas para o ano. O total de 225 aeronaves entregues no ano passado equivale a uma alta de 1,8% sobre 2015 e representa o maior volume de entregas dos últimos seis anos.
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