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Dólar fecha em alta após dados positivos do setor industrial dos EUA

24/01/2017 17h31

O dólar fechou em ligeira alta frente ao real, com os investidores aproveitando a divulgação de dados mais fortes do setor industrial nos Estados Unidos para realizar parte dos lucros após três pregões consecutivos de queda.

No mercado local, o dólar comercial subiu 0,07% para R$ 3,1707, depois de ter negociado a R$ 3,1588 na mínima intradia.

No mercado futuro, o contrato futuro para fevereiro avançava 0,19% para R$ 3,177.

O índice de gerentes de compras do setor industrial (PMI, na sigla em inglês) nos EUA subiu para 55,1 na leitura preliminar de janeiro, ante 54,3 em dezembro.

Em seus primeiros dias no cargo, o presidente americano Donald Trump tem enfatizado a política comercial protecionista, defendida durante a campanha eleitoral, mas sem dar detalhes sobre as medidas econômicas que pretende adotar.

Investidores adotam uma postura mais cautelosa à espera de mais detalhes especialmente sobre os planos de investimento e na área fiscal.

Hoje foi divulgado que senadores do partido Democrata pretendem apresentar ao presidente dos EUA um plano de obras de infraestrutura que pode atingir US$ 1 trilhão.

O aumento dos investimentos em infraestrutura foi uma das bandeiras defendidas por Trump durante a campanha. Estímulos à economia aumentam a preocupação no mercado sobre um aperto monetário mais forte do Federal Reserve para conter pressões inflacionárias.

Lá fora, a moeda americana caía 0,83%% frente ao rand sul-africano, avançava 0,18% em relação ao peso mexicano e subia 0,65% diante da lira turca. "É difícil saber até quando o mercado deve se manter calmo. Há o risco de um aumento de volatilidade com o Trump podendo mudar as regras do jogo de uma hora para outra", dia Ignacio Crespo, economista da Guide Investimentos.

Para Crespo, no curto prazo o dólar pode até continuar em um patamar mais baixo, mas no médio prazo o dólar deve se fortalecer. "Vemos o momento mais como uma janela positiva para o dólar, com a moeda americana deve se fortalecer no médio prazo dado que a economia americana está mais aquecida", diz Crespo.

Nesse cenário ainda de incerteza, o Banco Central renovou mais 15 mil contratos de swap cambial tradicional do lote de US$ 6,431 bilhões nesses derivativos que vence em 1º de fevereiro.