Dólar tem mínima em três meses com recuperação de moedas de emergentes
O dólar fechou no menor patamar em três meses frente ao real nesta sexta-feira, chegando a operar na linha de R$ 3,14. A recuperação de algumas divisas emergentes e correlacionadas às commodities, em meio à queda nos juros dos Treasuries, respaldou o movimento local, referendado pela melhora da percepção de risco doméstico.
A valorização do câmbio reflete em boa parte expectativa de que as incertezas com o Brasil tendem a diminuir à medida que o governo aprovar reformas econômicas. Isso tem aberto o caminho para fluxos de emissões corporativas e "carry trade", em um ambiente de acomodação global após o susto com as eleições americanas.
As atuações do Banco Central também têm tido papel relevante na trajetória do câmbio. O BC caminha para manter US$ 6,4 bilhões que poderiam deixar o mercado no começo de fevereiro, com o vencimento de swaps cambiais tradicionais. É liquidez em um contexto de fluxo já positivo. Dados do BC mostram que o superávit de moeda estrangeira neste ano até o dia 20 já soma US$ 3,6 bilhões.
No ano, o real sobe 3,15%, depois de avançar 21% em 2016, no melhor desempenho global.
Se os fatores locais tendem a dar suporte ao câmbio, temas externos são citados por analistas como indutores de uma depreciação do real. Os ganhos a partir de níveis já fortes chamam atenção de investidores, que de forma geral veem uma taxa de câmbio mais fraca até o fim de 2017, em parte pela política monetária mais apertada nos EUA.
Nos cálculos do BofA, o real está 5% excessivamente apreciado, em termos reais. O banco recomenda postura "de forma geral neutra" na taxa de câmbio brasileira e vê o dólar a R$ 3,55 no fim deste ano - o equivalente a um real 11,2% mais fraco que a taxa desta sexta-feira.
O J.P. Morgan diz que, além de juros mais altos nos EUA e da consequente redução do diferencial de taxas a favor do Brasil, o real deve ser pressionado neste ano por um aumento de importações devido à gradual recuperação econômica.
O banco americano espera que o dólar alcance R$ 3,25 até o fim de março, R$ 3,30 no final de junho e R$ 3,45 em setembro. A estimativa para setembro embute depreciação de 8,7% do real ante o fechamento de hoje.
O dólar terminou esta sexta-feira em queda de 0,90%, a R$ 3,1512. É o menor patamar para um fim de pregão desde 26 de outubro do ano passado (R$ 3,1424).
Na mínima intradia, a cotação desceu a R$ 3,1448, piso desde 27 de outubro (R$ 3,1274).
Na semana, o dólar caiu 0,96%, aprofundando a perda no ano a 3,06%.
A valorização do câmbio reflete em boa parte expectativa de que as incertezas com o Brasil tendem a diminuir à medida que o governo aprovar reformas econômicas. Isso tem aberto o caminho para fluxos de emissões corporativas e "carry trade", em um ambiente de acomodação global após o susto com as eleições americanas.
As atuações do Banco Central também têm tido papel relevante na trajetória do câmbio. O BC caminha para manter US$ 6,4 bilhões que poderiam deixar o mercado no começo de fevereiro, com o vencimento de swaps cambiais tradicionais. É liquidez em um contexto de fluxo já positivo. Dados do BC mostram que o superávit de moeda estrangeira neste ano até o dia 20 já soma US$ 3,6 bilhões.
No ano, o real sobe 3,15%, depois de avançar 21% em 2016, no melhor desempenho global.
Se os fatores locais tendem a dar suporte ao câmbio, temas externos são citados por analistas como indutores de uma depreciação do real. Os ganhos a partir de níveis já fortes chamam atenção de investidores, que de forma geral veem uma taxa de câmbio mais fraca até o fim de 2017, em parte pela política monetária mais apertada nos EUA.
Nos cálculos do BofA, o real está 5% excessivamente apreciado, em termos reais. O banco recomenda postura "de forma geral neutra" na taxa de câmbio brasileira e vê o dólar a R$ 3,55 no fim deste ano - o equivalente a um real 11,2% mais fraco que a taxa desta sexta-feira.
O J.P. Morgan diz que, além de juros mais altos nos EUA e da consequente redução do diferencial de taxas a favor do Brasil, o real deve ser pressionado neste ano por um aumento de importações devido à gradual recuperação econômica.
O banco americano espera que o dólar alcance R$ 3,25 até o fim de março, R$ 3,30 no final de junho e R$ 3,45 em setembro. A estimativa para setembro embute depreciação de 8,7% do real ante o fechamento de hoje.
O dólar terminou esta sexta-feira em queda de 0,90%, a R$ 3,1512. É o menor patamar para um fim de pregão desde 26 de outubro do ano passado (R$ 3,1424).
Na mínima intradia, a cotação desceu a R$ 3,1448, piso desde 27 de outubro (R$ 3,1274).
Na semana, o dólar caiu 0,96%, aprofundando a perda no ano a 3,06%.
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