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Comerciantes iniciam ano com estoques elevados, sinaliza CNC

30/01/2017 12h01

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) informou que os comerciantes iniciaram 2017 com estoques elevados. Em janeiro deste ano, o índice de intenção de investimentos em estoques atingiu 85,2 pontos, 1,7% inferior ao de janeiro de 2016, e de 0,7% abaixo do observado em dezembro do ano passado. Na prática, o indicador sinaliza que os empresários do comércio não conseguiram reduzir os excessos em seus estoques de produtos com as vendas das festas de fim de ano.

O pequeno empreendedor varejista em especial tem percebido excesso de estoques, avaliou a entidade. A CNC informou que o índice de estoques referente ao grupo de comerciantes que possuem entre zero e 50 funcionários - e que representam cerca de 95% da amostra - teve queda de 1,8% em comparação com janeiro de 2016. Para 29,8% desses lojistas, os estoques estão acima do que esperavam.

O cenário é menos desfavorável para os lojistas que possuem mais de 50 funcionários, que reportaram melhora no nível de estoques do que em janeiro de 2016, com alta de 1,6% no indicador.

Ainda segundo a CNC, os varejistas de produtos semiduráveis, que englobam lojas de vestuário, acessórios, calçados e tecidos compõem grupo com maior percepção de excesso de estoques. O percentual de lojistas deste segmento que consideram os estoques acima do adequado ficou em 25% em janeiro deste ano, aumento de 10,6 pontos percentuais em um ano.

Segundo a economista da CNC, Izis Ferreira, o ramo de vestuário, calçados e acessórios é historicamente alavancado pelas vendas natalinas, chegando a aumentar o faturamento em até 90% na comparação com o mês anterior. Entretanto, as menores vendas no Natal passado frustraram os lojistas do segmento, que começaram 2017 com estoques maiores do que esperavam e, por consequência, com menor intenção de investimentos em renovação de produtos, observou ela.

A intenção de investimentos em estoques é componente do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec). A amostra é composta por aproximadamente seis mil empresas de todas as capitais do país, e os índices apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos.