Dow Jones e S&P 500 fecham em queda, puxados pelo recuo do petróleo
A queda do petróleo nesta quarta-feira gerou um efeito dominó que atingiu os mercados de risco globais. As bolsas de Nova York encerraram em sentidos opostos, com a commodity contribuindo para as maiores perdas.
Após ajustes, o Dow Jones fechou em queda de 0,33% a 20.855,73 pontos. O S&P 500 teve baixa de 0,23% a 2.362,98 pontos. O Nasdaq destoou dos pares e avançou 0,06% a 5.837,55 pontos.
As ações de energia lideraram as perdas no índice S&P 500, em Nova York, com recuo de 2,56%, e mantiveram o indicador no negativo.
Além do setor de energia, o S&P 500 sentiu o peso das quedas de papéis de serviços públicos (utilities) e imobiliários, com perdas de 1,31% e 1,50%.
No Dow Jones, papéis de companhias ligadas à cadeia de óleo e gás amargaram as maiores baixas. Caterpilar, fornecedora de veículos e equipamentos, e as petroleiras Chevron e Exxon Mobil lideraram as perdas, com recuos de 2,84%, 1,96% e 1,81%, respectivamente.
O petróleo reviveu hoje níveis de temores como os vistos no início do ano passado, quando as cotações se afogavam em meio ao excesso de oferta da commodity. Os dois referenciais, o americano WTI e o Brent europeu, encerraram com as maiores quedas percentuais diárias desde 9 de fevereiro de 2016, quando o preço do barril negociava no patamar de US$ 30.
As perdas de mais de 5% ecoaram a ansiedade dos investidores após a subida muito acima do previsto dos estoques de petróleo nos Estados Unidos, do avanço da produção para o maior nível desde fevereiro do ano passado e de um inesperado crescimento das exportações da commodity americana, que tiveram um salto de 130% em relação ao mesmo período de 2016 e acrescentaram 170 mil barris ao total em uma semana. Os dados fazem parte do levantamento do Departamento de Energia divulgado nesta quarta-feira.
A postura de cautela nos mercados globais ganhou força também após a divulgação do relatório de emprego do setor privado americano em fevereiro, realizado pela ADP. O levantamento apontou para uma criação de 298 mil novas vagas, muito acima das expectativas de analistas entrevistados pelo "The Wall Street Journal", que previam uma expansão de 188 mil postos.
O dado reforçou o argumento de que a economia americana está se recuperando a um ritmo adequado e elevou a probabilidade de uma subida dos juros pelo Federal Reserve na reunião da próxima semana. O relatório da ADP é visto como uma prévia do "payroll" oficial (o relatório do mercado de trabalho americano), que será o último dado econômico importante antes da reunião do Fed neste mês.
Os futuros dos Fed Funds, que são um termômetro das apostas do mercado em relação à política monetária americana, passaram a apontar uma probabilidade de 90,8% de elevação dos juros em março ante 81,9% ontem, de acordo com o CME Group.
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