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MEC: Mais de 40% dos estudantes de ensino superior dependem de bolsa

08/03/2017 12h03

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2015, divulgado nesta quarta-feira (8) pelo Ministério da Educação (MEC), indicou que 42,1% dos estudantes universitários dependeram de bolsa ou financiamento para cobrirem o custo das mensalidades. Outros 44,8% não precisaram de auxílio mesmo frequentando instituições pagas, enquanto 13,1% restantes não tiveram essa preocupação por terem feito cursos gratuitos.


Entre os diferentes tipos de ajuda, seja por meio de bolsa ou financiamento, o uso exclusivo do Fies é a alternativa mais requisitada, com 14,5%. Em seguida, aparecem as bolsas oferecidas pela própria instituição, com 8,3%. O ProUni integral responde por 7,3%, enquanto as bolsas oferecidas por governo estadual, distrital ou municipal por outros 3,3%.


Dentre os estudantes beneficiados pelos programas do governo federal, 53,4% têm renda familiar de até três salários mínimos. O levantamento indica ainda que 44,3% são os primeiros da família com acesso à educação superior e 36,3% ingressaram por meio de políticas afirmativas, como cotas raciais.


Mau desempenho


Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), do MEC, 30,3% dos estudantes de cursos superior oferecidos no país tiveram desempenho insatisfatório, com conceitos 1 e 2, no Enade de 2015.


Um percentual maior dos alunos (42,7%) recebeu o conceito 3, considerado satisfatório. As melhores classificações (conceitos 4 e 5) ficaram com 23,8% dos alunos avaliados. O restante (3,2%) foi classificado como sem conceito, o que vale para alunos que não compareceram ao exame ou estavam matriculados em instituições não examinadas.


O Enade é realizado para medir os conhecimentos, as competências e as habilidades desenvolvidas pelo estudante ao longo do curso. Segundo o Inep, todas as medidas de avaliação, regulação e supervisão de cursos superiores reconhecidos consideram o desempenho no Enade.


Na edição de 2015, o Inep constatou dois problemas de responsabilidade da empresa contratada para aplicar as provas: alguns pacotes de provas foram montados de forma incorreta e a quantidade de provas foi insuficiente em algumas salas de aplicação do exame. Ao todo, 399 participantes foram afetados.


O exame avaliou 26 áreas de conhecimento em 8.121 cursos de 2.109 instituições de ensino superior em todo o país. Foram inscritos 549.487 estudantes concluintes regulares e examinados 447.056 alunos.