Ibovespa cai com recuo das commodities e política local
A queda no preço do petróleo e incertezas sobre o cenário local derrubaram o Ibovespa pelo quarto pregão consecutivo. O índice recuou 0,21% aos 64.585 pontos, com giro financeiro de R$ 6,7 bilhões. O preço do contrato futuro de petróleo WTI para abril caiu 2% a US$ 49,28 o barril. No ano, o Ibovespa acumula alta de 7,09%. Com a queda do preço do petróleo, as ações da Petrobras fecharam em baixa - os papéis ordinários caíram 0,60% e os papéis preferenciais tiveram baixa de 0,34%. Juntas essas ações representam 10,5% da composição do índice e ajudaram a colocar o Ibovespa em terreno negativo.
Operadores perceberam maior venda de ações por parte de corretoras estrangeiras. "Há uma apreensão em relação à lista de Janot", diz um profissional da área. A expectativa dos investidores é de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, possa pedir nos próximos dias ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquéritos para investigar ministros, senadores e outros políticos citados nas delações da Odebrecht.
As ações ordinárias da Vale operaram em baixa durante o dia, acompanhando a desvalorização do preço do minério de ferro, que recuou 0,5%, em Qingdao, na China, para US$ 86,79 por tonelada. Mas inverteram a tendência no meio da tarde e fecharam em alta. Os papéis PNA subiram 0,70% e as ações ordinárias tiveram alta de 0,20%.
Entre as ações mais negociadas, os destaques de alta ficaram com os papéis da MRV, que subiram 4,58%. Ontem, o Credit Suisse elevou a recomendação da MRV para compra. "O governo parece estar expandindo o programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), o que deve levar a um crescimento de empréstimos para hipotecas em 2017 e 2018. Isso, com uma melhora de lucratividade na MCMV, nos torna mais otimistas sobre os planos da empresa", escreveram os analistas em relatório.
As ações ordinárias da Embraer tiveram alta de 2,08% depois de a empresa ter anunciado que o lucro líquido no quarto trimestre do ano passado ficou em R$ 648 milhões, um resultado 52% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.
O dólar subiu 0,84% e ficou em R$ 3,195, o maior patamar em sete semanas. Com isso, as ações de empresas exportadoras, como Fibria e Suzano, tiveram alta. As ações ordinárias da Fibria subiram 2,88% e os papéis da Suzano Papel e Celulose teve alta de 3,61%.
A Suzano concluiu a captação de US$ 300 milhões em bônus de 30 anos com cupom de 7% ao ano e yield de 7,375% ao ano, que serão pagos semestralmente a partir de setembro de 2017. A empresa pretende utilizar os recursos para propósitos corporativos em geral e no pagamento de taxas relacionadas à emissão.
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