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FGV: Intenção de investir da indústria tem quarto avanço consecutivo

10/03/2017 08h40

O Indicador de Intenção de Investimentos da Indústria da Fundação Getulio Vargas (FGV) subiu 6,9 pontos no primeiro trimestre de 2017 em relação ao trimestre anterior, atingindo 100,0 pontos, o maior nível desde o primeiro trimestre de 2015, quando atingiu 100,8. Após quatro altas consecutivas, o índice alcança a zona de neutralidade entre pessimismo e otimismo. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, o indicador aumentou 18,1 pontos.


O índice mede a disseminação da intenção de investimento entre as empresas industriais, colaborando para antecipar tendências econômicas, observa a FGV.


"A alta do indicador parece estar relacionada, entre outros fatores, à melhora de perspectivas para o crescimento da economia brasileira neste ano. A definição de uma tendência de redução da incerteza em relação à execução destes investimentos é também uma notícia favorável. Apesar disso, ainda existem riscos no cenário de curto e médio prazo, principalmente no ambiente político, que podem provocar adiamento de investimentos", afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas da FGV-Ibre.


No primeiro trimestre de 2017, a proporção de empresas que preveem investir mais nos 12 meses seguintes foi idêntica à das que projetam investir menos (19,9%). No trimestre anterior, esses percentuais haviam sido de 17,8% e 24,7%, respectivamente.


Incertezas


No primeiro trimestre de 2017, as empresas também foram consultadas quanto ao grau de certeza em relação à execução do plano de investimentos para os meses seguintes.


A proporção de empresas que estão certas em relação ao plano de investimentos para os próximos 12 meses (29,2%) voltou a superar a proporção de incertas (22,7%) depois de três trimestres seguidos em que a incerteza foi majoritária. Esse foi o menor percentual de empresas incertas sobre a execução dos investimentos desde o fim de 2015. O resultado segue em linha com o Indicador Mensal de Incerteza Econômica do Ibre, que recuou nos dois primeiros meses do ano, mas ainda está em nível muito alto em termos históricos.


"Como foi apresentado no Boletim Macro do Ibre de janeiro, a incerteza em relação ao plano de investimento das firmas industriais tende a afetar negativamente a realização desses investimentos. Em termos quantitativos, foi estimado que a probabilidade de uma empresa revisar para baixo o volume de investimentos é 19% maior em empresas que estão incertas em relação à execução do plano", observa a FGV.


Esta edição da "Sondagem de Investimentos" da FGV coletou informações de 673 empresas entre os dias 4 de janeiro e 28 de fevereiro.