Dólar tem maior queda em 6 meses e ronda R$ 3,10
O dólar sofreu a maior queda ante o real em seis meses nesta quarta-feira, e a taxa futura acelerou mais a desvalorização depois das 17h, repercutindo a notícia de que a agência de classificação de risco Moody's melhorou a perspectiva para a nota de crédito soberano do Brasil.
Às 17h43, o dólar para abril recuava 1,95%, a R$ 3,1230, depois de ter ido a uma mínima de R$ 3,1130. As operações no mercado futuro vão até as 18h15.
O dólar interbancário, cujos negócios se encerram às 17h, fechou em baixa de 1,95%, a R$ 3,1098, maior queda diária desde 6 de setembro do ano passado (-2,22%).
A Moody's melhorou a perspectiva para o "rating" soberano do Brasil de "negativa" para "estável". A nota atual está em "Ba2", dois níveis abaixo do grau de investimento. Segundo a agência, a economia dá sinais de melhora, com inflação em baixa e desdobramentos positivos do lado fiscal.
Para o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para a América Latina, Alberto Ramos, porém, os preços dos ativos no Brasil não devem ganhar impulso adicional duradouro com a decisão, uma vez que ela reflete cenário que os próprios ativos já precificam.
Antes da decisão da Moody's, o câmbio já reagia fortemente à sinalização menos "hawkish" do Federal Reserve (Fed, BC americano), que apenas confirmou expectativas ao subir o juro básico americano em 0,25 ponto percentual.
O Fed elevou a taxa básica de juros para uma faixa entre 0,75% e 1% e sinalizou duas altas adicionais neste ano. Os mercados chegaram a cogitar a possibilidade de quatro altas no total deste ano. Além disso, um dos membros do Fomc - o presidente do Fed de Mineápolis, Neel Kashkari - votou contra aumento de juros, indicando que mais apertos monetários não menos consensuais do que o imaginado.
Uma cesta com importantes moedas emergentes, incluindo o real, subia 2,03% no fim da tarde, maior alta diária em 13 meses.
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