Juros futuros fecham perto da estabilidade sob efeito de temas locais
As taxas de DI experimentaram algum alívio durante a tarde desta segunda-feira, o que as tirou das máximas intradiárias alcançadas pela manhã. No fim do dia, os juros futuros ficaram perto da estabilidade.
Parte desse movimento foi ditada pelo dólar, que acelerou a queda depois das 15h, atingindo mínimas em um mês, em torno de R$ 3,06. Ainda assim, o viés de baixa não foi suficiente para consolidar recuo de taxas no mercado de juros, diante da escalada de receios em torno de questões domésticas.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro de 2021 subia a 9,980% ao ano, contra 9,970% no ajuste anterior. Na máxima, esse DI foi a 10,040%.
O DI janeiro de 2018 - que reflete apostas para a Selic ao longo de 2017 - tinha taxa de 10,000%, ante 10,010% do ajuste de sexta-feira e pico hoje de 10,025%.
A curva de juros indica 71% de probabilidade de corte de 1 ponto percentual da Selic em abril, mesmo percentual de sexta-feira.
"O avanço das investigações da Lava-Jato, envolvendo nomes importantes da política nacional, mantém elevadas as incertezas políticas", diz o Banco Votorantim. Do lado fiscal, a instituição diz que "a dificuldade de se reduzir ainda mais as despesas discricionárias elevam a preocupação do mercado de que será necessário elevar a arrecadação, via aumento de impostos".
A questão fiscal terá mais peso nesta semana, já que na quarta-feira o governo divulga o relatório bimestral de receitas e despesas. No mesmo dia, a expectativa é que seja anunciado o contingenciamento de despesas deste ano.
A Rosenberg Associados projeta contingenciamento de despesas de, "no mínimo", R$ 30 bilhões. "Além disso, espera-se um maior esclarecimento e detalhamento do possível aumento de impostos, caso seja necessário ao longo do ano", afirma a casa em nota.
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