Parcela de famílias que não consegue quitar dívidas bate recorde
O percentual de famílias endividadas que afirmam não ter condições de quitar suas dívidas atingiu o maior patamar desde janeiro de 2010, início da série histórica da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Das famílias endividadas, 9,9% disseram, em março, não ter condições de quitar os débitos. O percentual é superior ao de fevereiro (9,8%) e março do ano passado (8,3%).
"Há um percentual significativo de famílias sem perspectiva de pagar as contas", afirmou a economista Marianne Hanson, da CNC. "As famílias endividadas estão enfrentando condições desfavoráveis de juros. E piorou muito o mercado de trabalho", afirmou.
O porcentual de endividados e inadimplentes também aumentou. Segundo a CNC, as famílias que têm dívidas a pagar são 57,9% do total em março, ante 56,2% em fevereiro. Mas ainda há queda ante março do ano passado (60,3%). A parcela de inadimplentes, por sua vez, aumentou para 23,7% em março, acima do observado em fevereiro (23%) e também em março do ano passado (23,5%).
A economista não descarta uma possível melhora nos resultados da pesquisa nos próximos meses. A parcela média da renda comprometida com dívidas diminuiu entre março do ano passado para março deste ano, de 31,1% para 30,2%. "Temos alguns fatores positivos que podem melhorar os indicadores de endividamento e de inadimplência", disse.
SegundoMarianne, há sinais de que o mercado de trabalho parou de piorar, o que pode ajudar a melhorar o orçamento das famílias. Ao mesmo tempo, a inflação está menos pressionada, o que contribui para o poder aquisitivo das famílias.
Entre as modalidades de dívida, o cartão de crédito continua a ser a mais lembrada em março, sendo citada por 76,6% dos entrevistados, seguido por carnês (15,1%); e financiamento de carro (10,2%).
A pesquisa da CNC abrange entrevistas em universo de 18 mil consumidores.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.