Condor diz que ranking da Abras tem dado 'distorcido' e sai de lista
A rede de supermercados Condor, a nona maior do país, com R$ 4 bilhões em vendas anuais, decidiu não participar mais do ranking anual do setor publicado pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o mais importante do segmento.
De forma incomum, a varejista publicou comunicado explicando suas razões, e fez críticas ao material."O ranking da Abras deixou de ser o espelho e o registro fiel do faturamento específico do setor supermercadista, para acabar representando as vendas do comércio em geral", informou em nota publicada nesta quarta-feira à tarde.
"A pesquisa perdeu o propósito de ser um parâmetro para que a rede tenha noção do mercado, uma vez que o resultado acaba distorcido e não refletindo a realidade do setor, o que leva os supermercadistas a interpretarem de forma errônea e equivocada o desempenho de seus negócios em comparação aos supermercadistas que se dedicam também a outros segmentos", afirma a empresa.
Segundo a nota, nos últimos anos, a pesquisa tem coletado de maneira geral todos os dados das empresas, considerando em seu levantamento outros segmentos que não fazem parte do setor supermercadista, informa. A empresa diz que a Abras tem incluído nos números lojas especializadas em eletrodomésticos, atacado, farmácia, posto de combustível, atacarejo, bem como lojas de departamentos e de conveniência.Por isso, "acaba somando a receita destas outras unidades de negócios ao faturamento das redes supermercadistas".
Além disso, a Condor afirma que não é considerado na pesquisa da Abras "o fato de que muitos mercados estão se abastecendo nos atacados e essas vendas também são consideradas o que, nestes casos, acabam resultando em informações duplicadas".
A varejista comunicou sua decisão à associação no dia 5 de janeiro. Ontem, em coletiva de imprensa sobre o ranking anual de 2016, a Abras não mencionou o assunto da saída da Condor.Procurada, a associação não se manifestou até a publicação desta nota.
A Condor tem 42 lojas no Paraná e uma em Santa Catarina. Opera no mercado de supermercados e hipermercados, mas não tem lojas no "atacarejo", o negócio de varejo alimentar que mais se expande no país atualmente.
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