Saraiva propõe pagamento parcial de dividendos de 2015
A direção da Saraiva foi questionada nesta quarta-feira (29) por alguns investidores, durante teleconferência sobre o balanço do ano passado, sobre o pagamento de dividendos relativos ao ano de 2015.
No material de resultados de 2016, a empresa informou que o conselho de administração apresentou uma proposta de distribuição, que será avaliada em assembleia de acionistas no dia 28 de abril. A ideia é de uma distribuição parcial dos valores.
Em reunião realizada no dia 27 de março, o conselho apresentou proposta de distribuição do dividendo obrigatório retido do exercício social de 2015, no valor de R$ 4,8 milhões, correspondente ao montante bruto de R$ 0,18 por ação e equivalente a 22% do saldo da reserva especial para dividendo obrigatório.
Um acionista minoritário da empresa solicitou, no ano passado, a abertura de processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para investigar se houve irregularidade na decisão da empresa de não pagar proventos de 2015. O processo está em curso na autarquia.
Hoje, o comando da empresa informou ainda que planeja abrir duas novas lojas neste ano, como já previsto, mas outras não estão descartadas.
Franquias
O comando da Saraiva informou que está testando um modelo de loja franqueada na cidade de Franca (SP), desde o fim do ano passado. De acordo com o diretor presidente da rede, Jorge Saraiva Neto, a intenção é testar esse formato em cidades pequenas e médias. "Após a análise, vamos definir se esse é o melhor modelo para os locais", disse.
A empresa foi questionada a respeito de informações que voltam a circular no mercado sobre eventuais negociações com a Amazon. Desde a entrada no mercado brasileiro, há rumores de que a Amazon teria interesse em comprar a operação da Saraiva. "Nós não comentamos negócios ligados à nossa concorrência", disse o presidente, que é membro da família controladora ? filho de Jorge Saraiva e Olga Saraiva.
A empresa apurou prejuízo líquido de R$ 49,8 milhões em 2016, ante lucro de R$ 93,7 milhões em 2015. Nos dois anos, a empresa recebeu parcelas do pagamento da venda do braço da editora Saraiva, vendida em 2015.
De outubro a dezembro de 2016, a empresa contabilizou prejuízo de R$ 21,8 milhões, versus lucro líquido de R$ 194,2 milhões no mesmo período de 2015.
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