BC: Sistema financeiro tem condições de absorver impacto da Lava-Jato
O Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2016, divulgado hoje pelo Banc Central (BC), fez uma atualização da simulação dos efeitos da Operação Lava-Jato no sistema financeiro. Para isso, replicou a metodologia apresentada no documento de outubro do ano anterior, que estimou o impacto das empresas diretamente implicadas e daquelas que integram a sua rede de conexões, como fornecedores, prestadores de serviços e funcionários ? que, potencialmente, seriam afetados em caso de default, direta ou indiretamente.
Segundo o BC, os resultados continuam em linha com os anteriores, com nenhuma instituição insolvente e baixa necessidade de capital, que passou de 0,4% do patrimônio de referência (PR) do sistema na última publicação, para 1% nesta atualização.
"Mesmo com o elevado grau de conservadorismo aplicado, as simulações indicam que o sistema financeiro teria condições de absorver os impactos de default das empresas mais vulneráveis citadas na Operação Lava-Jato e seu respectivo contágio, incluindo o inadimplemento de empresas fornecedoras e dos funcionários destas e das implicadas na investigação", concluiu o REF.
Testes de estresse
Os resultados dos testes de estresse demonstram que o sistema bancário está "resiliente para absorver choques", apesar da piora nos indicadores econômicos, segundo o relatório do BC.
"A necessidade de capital para reenquadramento regulatório seria relevante apenas em cenários extremamente severos", afirmou o documento.
O relatório mostrou ainda que, ao projetar cenários adversos por cinco trimestres de contínua deterioração macroeconômica, a necessidade estimada de capital para evitar desenquadramento regulamentar e limitações na distribuição de lucros seria inferior a 5% do patrimônio de referência (PR) atual.
"O sistema mantém baixas exposições líquidas em relação a taxa de juros ou variação cambial. Assim, choques nesses fatores de risco não resultam em impactos relevantes na capitalização das instituições financeiras", disse o documento. "Aumentos abruptos no nível de inadimplência, mesmo superiores aos maiores historicamente verificados, seriam absorvidos pela base de capital", complementou do relatório.
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