Explosão em metrô na Rússia puxa bolsas americanas para baixo
Os temores decorrentes do ataque terrorista ao metrô de São Petersburgo também atingiram os mercados globais nesta segunda-feira. Após as notícias a respeito da explosão de uma bomba no sistema de transporte sobre trilhos da segunda maior cidade da Rússia, que deixou dez mortos, a aversão ao risco passou a dominar de vez o sentimento dos investidores.
Após ajustes, o Dow Jones fechou em baixa de 0,06%, a 20.650,21 pontos. O S&P 500 recuou 0,16%, a 2.358,84 pontos. O Nasdaq cedeu 0,29%, a 5.894,68 pontos.
No S&P 500, nove dos 11 setores terminaram em queda. A maior ficou com consumo discricionário, com recuo de 0,40%, seguida de matérias-primas, de 0,38%.
No Dow Jones, DuPont, American Express e Cisco ocuparam o pódio das perdas, com quedas de, respectivamente, 0,82%, 0,66% e 0,65%.
"O mercado parece estar preso em uma faixa de negociação", afirmou Bruce Bittles, estrategista chefe de investimentos da Baird. "Houve alguma perda na tendência de alta e acho que esse cenário vai continuar até o início da próxima temporada de balanços", disse.
O atentado na Rússia potencializou o clima de cautela que já ensaiava se espalhar pelos mercados globais em meio à falta de catalisadores do dia. Além da busca por direcionadores, a precaução dos agentes também passou a se avolumar frente às expectativas antes de eventos importantes na semana.
Nos próximos dias, o Federal Reserve divulga a ata da última reunião de política monetária, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, encontra-se com o chefe de Estado chinês, Xi Jinping, e o governo americano publica o "payroll" de março, o relatório do mercado de trabalho na maior economia do mundo.
Os dados econômicos divulgados nesta segunda-feira ficaram próximos das expectativas e tiveram impacto limitado nos mercados. As bolsas de Nova York reagiram negativamente aos números mistos das vendas em março das principais montadoras de veículos presentes nos Estados Unidos.
Ford divulgou nesta segunda-feira um declínio de 7,2% nas vendas no mês passado na comparação anual. A Honda informou uma queda de 0,7%. Entre as grandes marcas que adiantaram os números hoje, a Nissan destoou dos pares e apontou uma alta de 3,2% em março.
General Motors e Fiat Chrysler também relataram recuos. Segundo a Autodata, as vendas de veículos em março nos EUA totalizaram 16,62 milhões de unidades ao ano, abaixo das expectativas do mercado mais próximas de 17 milhões de veículos.
Nos EUA, o índice de gerentes de compras do setor industrial (PMI, na sigla em inglês), elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), recuou para 57,2 pontos em março, de 57,7 em fevereiro. O dado ficou ligeiramente abaixo da expectativa dos economistas consultados por "The Wall Street Journal", de leitura a 57,5 pontos no período.
Na Europa, os PMIs industriais vieram na maior parte em linha com as leituras preliminares. Além dos índices de atividade do setor fabril, a taxa de desemprego na zona do euro caiu a 9,5% e atingiu o menor nível desde fevereiro, também em linha com a expectativa de consenso.
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