Juros futuros fecham em queda, com variações leves e volume fraco
O mercado de DI começou abril em ritmo lento, com menor volume de negócios e variações comedidas das taxas de juros. O dia foi carente de "drivers" mais fortes, o que manteve o foco na agenda política e macro desta semana.
O destaque da pauta de amanhã será o início do julgamento pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de ação sobre a chapa Dilma/Temer nas eleições de 2014. A ação foi apresentada pelo PSDB, hoje aliado do governo Temer. A sessão começa às 9h desta terça-feira, com sessões previstas também para quinta. A maior preocupação de investidores é que a cassação da chapa acabe forçando o presidente Michel Temer a deixar a presidência, o que ameaçaria a aprovação e implementação do ajuste fiscal.
A LCA Consultores diz ser pouco provável que o "ponto final" do processo seja dado ainda neste ano, em meio a chances de pedidos de vista e de Dilma e Temer levarem a ação ao STF. Para a LCA, o ministro Gilmar Mendes - que agendou a votação - tem mantido discurso a favor da "governabilidade" do país. "Sob esse aspecto, é difícil imaginar que ele apressaria o julgamento se houvesse risco iminente de o presidente Michel Temer ser cassado pelo TSE", afirma a casa em nota.
Também amanhã, o mercado deve repercutir dados de produção industrial de fevereiro. O BNP Paribas projeta alta de 0,9% sobre janeiro. "Continuamos confiantes de que a economia está em um ponto de virada, e os próximos dados devem confirmar isso", afirmam profissionais do banco.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro de 2019 - o mais negociado nesta segunda-feira - tinha taxa de 9,480% ao ano (9,500% no último ajuste).O DI janeiro de 2018 caía a 9,835% (9,870% no ajuste anterior). E oDI janeiro de 2021 recuava a 9,840% (9,880% no ajuste anterior), num dia de firme baixa dos juros dos Treasuries - títulos do Tesouro americano.
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