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Juros futuros caem devido à aposta em redução maior da Selic no futuro

04/04/2017 17h20

Investidores deram sequência nesta terça-feira à descompressão no mercado de renda fixa, com uma medida de risco mantendo-se em torno de mínimas em um mês. As taxas de DI caíram tanto nos vencimentos curtos quanto nos de prazos mais longos, em meio à convicção de que os juros tendem a ficar mais baixos no futuro.


A cerca de uma semana da decisão do Copom, as apostas de curtíssimo prazo sentiram o peso da produção industrial mais fraca, que reforçou a ideia de lenta recuperação da atividade. A produção subiu apenas 0,1% em fevereiro sobre janeiro, com ajuste sazonal.


O indicador foi divulgado antes das primeiras declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal. Na ocasião, Ilan repetiu avaliações já expressas em documentos oficiais do BC. Por exemplo, a de que, com inflação ancorada, a autoridade monetária pode se concentrar em evitar efeitos secundários de ajustes de preços relativos ao longo do tempo.


O adiamento do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre uma possível cassação da chapa Dilma/Temer também contribuiu para reduzir os prêmios de risco. Em última instância, o processo - que deliberará sobre as contas da chapa, vencedora da campanha presidencial de 2014 - pode levar à queda do presidente Michel Temer, ameaçando o encaminhamento do ajuste fiscal.


Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI julho de 2017 - que reflete expectativas para as reuniões do Copom de abril e maio - caía a 10,914% ao ano, ante 10,938% no ajuste anterior. Esse contrato foi o mais negociado do dia, com 180.720 ativos transacionados até o horário.


O DI janeiro de 2018 cedia a 9,805% (9,825% no ajuste de ontem). E o DI janeiro de 2019 recuava a 9,440% (9,480% no último ajuste).


Nos prazos médios e longos, prevaleceram a melhora da percepção de risco no exterior e também o impacto do adiamento do julgamento das contas da chapa Dilma/Temer.O DI janeiro de 2021 cedia a 9,800% (9,830% no ajuste de ontem). O DI janeiro de 2025 caía a 10,090% (10,150% no ajuste de ontem).