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Dólar e juros sobem com noticiário político, mas movimento é moderado

12/04/2017 15h56

Os mercados de câmbio e juros no Brasil continuam "comportados" nesta quarta-feira, em meio ao intenso noticiário político. O dólar tem apenas leve alta, enquanto as taxas de DI de prazos mais longos avançam ligeiramente.


O entendimento básico do mercado é que os desdobramentos das investigações de corrupção contra importantes membros do governo ainda não afetam substancialmente as expectativas de aprovação do ajuste fiscal, com a discussão centrada atualmente na reforma da Previdência.


Analistas colocaram recentemente nos preços riscos de o governo eventualmente ceder mais no texto original para garantir votos de parlamentares em prol da aprovação. Mas, por ora, a ideia é que pontos considerados cruciais para a efetividade da reforma - como a idade mínima para aposentadoria - não estão em discussão.


Embora longe de mostrar alarde, as variações do dólar e dos juros deixam evidente que a melhora verificada nos mercados até março foi interrompida. Enquanto o dólar sobe hoje frente ao real, cai ante divisas como o peso mexicano, o rand sul-africano e a lira turca. Os juros locais de dez anos do Brasil avançam, enquanto os de México e Turquia, por exemplo, recuam nesta quarta-feira.


Às 15h46, o dólar comercial subia 0,20%, a R$ 3,1500. O dólar para maio ganhava 0,37%, a R$ 3,1620.


O DI janeiro de 2027 avançava a 10,310% ao ano, frente a 10,270% no ajuste de ontem.


As taxas mais curtas de juros, porém, operam em baixa, com ajustes finais de investidores horas antes do anúncio da decisão de política monetária.


O DI julho de 2017 é o mais negociado da sessão, com 194.050 ativos. A taxa recuava a 10,727%, frente a 10,749% no ajuste anterior. O mercado embute um pouco mais de 1 ponto percentual de queda da Selic nesta noite e praticamente 1 ponto de redução no encontro do Copom de maio.


"O mercado evita pressionar os juros também porque praticamente todo mundo está doado [vendido] em taxa. Uma disparada agora machucaria todo mundo", diz um estrategista.