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Juros futuros curtos sobem após Copom, com maior volume em 7 semanas

13/04/2017 17h11

As compras predominaram no mercado de juros da BM&F nesta quinta-feira, última sessão da semana. Na ponta curta, o viés de alta se sustentou por um ajuste à ausência de sinais mais claros do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a possibilidade de aceleração do ritmo de cortes da Selic. Nos vencimentos mais longos, o clima de instabilidade ditado pela "Lista de Fachin" e o ambiente externo mais cauteloso patrocinaram elevações dos prêmios de risco.


Investidores marcaram presença nos negócios. O número de contratos transacionados já alcança 2,25 milhões. Mantido esse ritmo, os DIs devem chegar às 18h com o maior giro desde 23 de fevereiro, quando 3,89 milhões de ativos trocaram de mãos.


As taxas mais curtas reagiram sobretudo à sinalização do Copom, que cortou ontem a Selic em 1 ponto percentual, para 11,25% ao ano. O comitê cumpriu expectativas majoritárias, mas a magnitude da redução obrigou agentes que estavam posicionados em corte de 1,25 ponto a comprar taxa no mercado. Além disso, o mercado não viu no comunicado pontos que sinalizaramde forma claranovo corte de 1 ponto em maio.


Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI julho de 2017 subia a 10,745% (10,732% no ajuste anterior). De longe, esse contrato é o mais negociado hoje, com 515.350 ativos.O DI janeiro de 2018 tinha taxa de 9,650% (9,640% no ajuste de ontem).


O DI janeiro de 2019 avançava a 9,450% (9,420% no ajuste anterior). E oDI janeiro de 2021 ia a 9,950% (9,880% no ajuste anterior).



Os investidores aguardam para a próxima terça-feira a atada reunião, a qual se espera que ofereça mais pistas sobre os próximos passos da política monetária.


A semana, aliás, será rica em eventos domésticos com potencial para fazer preço nos mercados. Além da ata, investidores conhecerão o IPCA-15 de abril (quinta-feira), que deve manter trajetória de queda no acumulado em 12 meses, endossando chances de pelo menos manutenção do ritmo de corte de juros.


Na segunda, o BC divulga o IBC-Br de fevereiro, que deve crescer 0,3% sobre janeiro, nos cálculos do UBS.


Do lado político, a expectativa é que o relatório da reforma da Previdência seja apresentado na terça-feira pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator do projeto na Câmara dos Deputados. Por ora, o mercado ainda mantém algum "sangue frio" por acreditar que o governo conseguirá chegar a um acordo para aprovar a reforma previdenciária sem alterações adicionais que minem a efetividade do projeto. A demora nos trâmites é apontada como um dos motivos para a relativa calma dos investidores.