Dados do balanço da Usiminas vazam e ação dispara
As ações preferenciais classe A da Usiminas, que compõem o Ibovespa, lideravam os ganhos do principal índice da bolsa por volta das 11h20 desta segunda-feira (17), com avanço de 5,68% para R$ 3,91. A onda de compras do papel se iniciou depois que dados do balanço da siderúrgica vazaram, mostrando melhora dos números durante o primeiro trimestre.
Fontes informaram ao Valor que, entre janeiro e março, o lucro líquido da companhia ficou próximo a R$ 110 milhões. Ou seja, depois de dez trimestres consecutivos de prejuízo, a empresa deve finalmente apresentar um balanço no azul. Nos três últimos meses do ano passado, as perdas foram de R$ 274 milhões.
Uma fonte, entretanto, alertou que o resultado ainda não passou pelo crivo do conselho de administração. Portanto, só na data de sua publicação, na quinta-feira, dia 20, é que o número final será conhecido ? podendo ser modificado por baixas contábeis ou outros fatores sem efeito no caixa.
A Usiminas está no chamado "período de silêncio", às vésperas da divulgação do balanço. A legislação proíbe que os números sejam divulgados antes da publicação oficial, para garantir isonomia de informação a todos os investidores.
Outra fonte informou que o volume de vendas de aço ficou praticamente estável no período, em relação ao quarto trimestre. Em janeiro, no entanto, a empresa reajustou o preço de seus produtos, o que pode ter garantido ganhos de receita.
Só no primeiro bimestre, o Ebitda foi de R$ 366 milhões, ante R$ 234 milhões entre outubro e dezembro do ano passado. A rentabilidade provavelmente aumentou depois que iniciativas de corte de custos elevaram as margens de algumas operações da companhia ? notadamente em Cubatão (SP), onde as áreas primárias foram desligadas por decisão do ex-presidente Rômel de Souza.
Atualmente, a Usiminas vive uma batalha jurídica para decidir quem ficará no seu comando. No fim de março, o conselho da companhia destituiu Souza por conta de um memorando assinado por ele com a Mineração Usiminas (Musa), sem autorização do colegiado ou a presença de outro diretor estatutário.
A Nippon Steel & Sumitomo Metal, uma das controladoras, questiona na Justiça a decisão. Para o lugar de Souza, foi eleito Sérgio Leite, então vice-presidente comercial. A Ternium/Techint, também integrante do bloco de controle, não aceita Souza como executivo-chefe.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.