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Juros futuros fecham em queda, com IPCA-15 e dólar em baixa

17/04/2017 16h51

Os juros futuros começaram a semana de ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e IPCA-15 em baixa, puxados pela forte queda do dólar, que endossa o quadro benigno para os preços ao longo dos próximos meses. A moeda americana caía 1,4% no fim da tarde, na maior baixa em um mês.


A inflação cadente é um dos principais elementos citados pelo Banco Central para justificar a aceleração do ritmo de queda da Selic. Ao mesmo tempo, o mercado se apega à ideia de que novos sinais benignos dos preços podem dar ao BC mais conforto para indicar com mais clareza pelo menos a manutenção da velocidade de cortes.


O IGP-10, calculado pela FGV, teve deflação de 0,76% em abril, a menor taxa desde janeiro de 2009 e a mais baixa para meses de abril desde 1998, início da série histórica. Para a FGV, isso indica novas taxas negativas em outros IGPs ao longo de abril. Se confirmado, reforçaria a aposta do mercado de que o BC tem espaço para cortar mais os juros.


O BNP Paribas se diz "confiante" de que o Copom vai manter em maio o ritmo de 1 ponto percentual de corte da Selic. "Expectativas de inflação bem ancoradas, inflação contida e mercado de crédito ainda restrito devem pesar nas próximas decisões do BC", afirma a equipe de pesquisa macro do Banco no Brasil, chefiada por Marcelo Carvalho.


Para Henrique de la Rocque, da Brasif Gestão, o BC deve evitar sinais muito claros sobre os próximos passos, devido a incertezas. "De maneira geral acho que o BC vai se resguardar", acrescenta.


Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI julho de 2017 - que reflete apostas para o Copom de maio - caía a 10,733% ao ano, ante 10,745% do ajuste de quinta-feira. O DI janeiro de 2018 cedia a 9,640%, frente a 9,650%.


O DI janeiro de 2019 tinha taxa de 9,430%, em relação a 9,460% do ajuste anterior. E oDI janeiro de 2021 recuava a 9,910%, comparado a 9,950% de quinta-feira.