Filho de fundador da TAM vai deixar conselho da holding aérea
Mauricio Rolim Amaro, presidente do conselho de administração da Latam Airlines, resultado da fusão entre a brasileira TAM e a chilena LAN, deixará o cargo.
Em carta enviada a investidores semana passada, o empresário ? filho do fundador da TAM, Rolim Adolfo Amaro, que morreu em acidente de helicóptero, em 2001 ? disse: "Tenho grande orgulho de ter participado da construção de uma grande companhia", mas ponderou: "para a Latam, a renovação é a prioridade".
Por meio da assessoria de imprensa da família Amaro, o executivo confirmou que vai deixar o cargo, mas não deu detalhes de quando ou como fará a mudança. Ele está em Nova York, tratando de assuntos particulares, segundo informou o assessor do empresário.
A Latam tem assembleia de acionistas marcada para o próximo dia 27 de abril, semana que vem, para votar, entre outros temas, a composição do novo conselho da companhia, hoje composto por nove integrantes.
Em março de 2014, a irmã de Mauricio, Maria Cláudia Amaro ? que presidiu o conselho da TAM entre 2006 e 2015 ?, já havia renunciado ao cargo de conselheira da holding Latam Airlines. Na oportunidade, ela foi substituída por Henri Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras.
Segundo informação do site de relações com investidores da Latam Airline, a família Amaro detém hoje 5% da holding que controla as empresas aéreas do grupo Latam no Chile, Brasil, Argentina, Peru, Equador e Colômbia, além de outras empresas, como a de fidelidade Multiplus e outras financeiras.
O maior acionista da Latam é a família chilena Cueto, com 28,3% do capital da holding. Outros investidores ? entre fundos e companhias de participação ? detêm 13,1%, a Qatar Airways possui 10% e investidores estrangeiros outros 10%.
Quando anunciada a fusão entre TAM e LAN, em 2010, o plano das duas empresas era uma união de iguais. O negócio foi formalizado, após as aprovações de órgãos reguladores, apenas em 2012. Desde então, a família Amaro teve a participação acionária no grupo diluída, em diversos aumentos de capital ? o último deles realizado com a entrada da Qatar no grupo.
Mauricio Amaro continuará na aviação, como controlador e presidente do conselho da TAM AE, empresa de aviação executiva no Brasil, que responde no país pelas vendas da americana Textron, fabricante de aeronaves das marcas Beechcraft, Cessna e Hawker, além de prestar serviços de manutenção de aviões, taxi aéreo e apoio aeroportuário.
No dia 23 de março, a Latam anunciou mudanças no organograma do grupo, afetando a administração da Latam Brasil (antiga TAM), que passará a ter um novo presidente. A partir de 2 de maio, Claudia Sender será substituída por Jerome Cadier, atual vice-presidente sênior de marketing.
A executiva brasileira continua presidindo a TAM S.A., dona da TAM Linhas Aéreas, e assumirá também o cargo de vice-presidente de clientes do grupo, uma das quatro vice presidências que ficarão imediatamente abaixo do presidente executivo da holding, Enrique Cueto, entrando na linha de sucessão da holding.
A Latam Airlines, maior grupo aéreo da América Latina, registrou em 2016 um lucro líquido de US$ 69,2 milhões, comparado a um prejuízo líquido de US$ 219,3 milhões em 2015, o que representa o primeiro resultado anual positivo da companhia desde 2011.
Já a TAM S.A registrou em 2016 um prejuízo líquido consolidado atribuído aos acionistas controladores de R$ 154,2 milhões. No ano anterior, a companhia tivera perda líquida de R$ 1,3 bilhão.
A Latam Airlines encerrou 2016 com uma dívida total de US$ 8,6 bilhões, redução de US$ 457 milhões em relação a 2015. A dívida líquida ajustada caiu de US$ 11,38 bilhões para US$ 11,1 bilhões nesse período de comparação, uma variação de 5%.
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