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Juro futuro curto tem leve queda, afetado por taxa de empregos formais

20/04/2017 17h18

O mercado de renda fixa sofreu pressão ao longo de toda a quinta-feira, véspera de mais um feriado no Brasil, mas no fim da tarde experimentou algum alívio, patrocinado por dados mais fracos do mercado de trabalho. As preocupações fiscais, no entanto, continuaram pesando no humor dos investidores.


Na prática, os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março deram suporte a apostas de que o Banco Central terá espaço para voltar a cortar a Selic em 1 ponto percentual - e eventualmente acelerar o ritmo de redução para 1,25 ponto.


Esse "call" ganhou força com a ata do Copom, divulgada na terça-feira passada. Com a escalada dos riscos fiscais dos últimos dias, porém, o mercado "pisou no freio", especialmente porque alguns indicadores de atividade indicam reação - ainda que tímida - da economia.


Porém, os dados do Caged divulgados hoje voltaram a sinalizar que a retomada será lenta e sujeita a muitos sobressaltos. E isso vai manter sob pressão a renda disponível, elemento que é desinflacionário.


O Brasil fechou 63.624 empregos com carteira assinada em março. A Infinity Asset Management diz que o número surpreendeu, ficando bastante acima do piso das estimativas do mercado, de corte de 37 mil postos. A Infinity tinha uma previsão ainda mais "otimista", de fechamento de cinco mil vagas."É mais um indicador que corrobora o ciclo de corte de juros por parte do Copom", afirma a casa.


A próxima semana será especialmente rica de indicadores com potencial de fortalecer expectativas de nova aceleração do ciclo de alívio monetário. A FGV, por exemplo, divulga o IGP-M de abril (quinta-feira). O IBGE reporta na sexta a taxa de desemprego no trimestre até março. Do lado fiscal, o governo informa na quinta e sexta números do governo central e do setor público consolidado, respectivamente - ambos referentes a março.


Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro de 2018 caía a 9,550% (9,555% no ajuste anterior), após máxima de 9,585%.O DI janeiro de 2019 operava estável, a 9,380%, depois de alcançar 9,450%.


O DI janeiro de 2021, porém, ainda subia a 9,960% (9,930% no ajuste de ontem). Na máxima, foi a 10,030% - pico em quatro semanas.