IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Ibovespa fecha em alta com forte volume financeiro

24/04/2017 17h39

Em um dia de diminuição aos ativos de risco, o Ibovespa fechou com alta de 0,99% aos 64.389 pontos, com giro financeiro de R$ 7,6 bilhões, acima da média diária deste mês, que é de R$ 5,8 bilhões. Os investidores estão mais otimistas com a aprovação da reforma da Previdência Social e gostaram da perspectiva de vitória de um candidato moderado na eleição presidencial na França. Além disso, a alta dos índices acionários nos Estados Unidos fez com que o Ibovespa começasse a semana com alta.


De acordo com operadores, a valorização do Ibovespa com um volume financeiro maior denota consistência nas apostas de alta dos papéis. Ontem, Temer se reuniu com parlamentares para afirmar que mudanças adicionais na proposta de mudança na Previdência estão descartadas. A votação do projeto está marcada para 2 de maio.


As bolsas americanas fecharam com alta acima de 1% com a expectativa de que o presidente americano, Donald Trump, possa anunciar um corte de impostos na quarta-feira. Hoje, Trump ordenou à equipe para acelerar os esforços para o rascunho do plano de reforma tributária, com previsão de corte de 15% na carga tributária corporativa e priorizando cortes de taxas em lugar de tentativas de não acumular o déficit fiscal.


As ações dos dois principais bancos americanos, Bank of America Merrill Lynch e Goldman Sachs, subiram mais de 3% e contaminaram de maneira positiva as ações dos bancos locais, que recuperaram parte das perdas da semana anterior. Os papéis ordinários do Banco do Brasil ganharam 2,87%, as ações preferenciais do Bradesco subiram 1,83%, os papéis ordinários do Bradesco tiveram alta de 1,90%, as ações do Itaú Unibanco ganharam 1,93% e os papéis do Santander subiam 1,26%. Como juntas, essas ações respondem por 25% da composição do Ibovespa, a alta dos papéis ajuda a colocar o índice no terreno positivo.


Entre as ações mais negociadas do Ibovespa, os destaques de alta ficaram com os papéis da Hypermarcas, que subiram 3,83%, a maior alta do dia. Segundo fontes do mercado, a empresa estaria olhando oportunidades de capital nacional e já teria contratado bancos para auxiliá-la na operação. A ideia seria buscar parceiros nacionais para a combinação dos negócios.


Outra alta do dia foi a ação da Natura, que subiu 3,28%. A empresa divulga seu balanço financeiro na quarta-feira. A agência "Bloomberg" informou que a empresa é uma das finalistas da próxima rodada de ofertas pela The Body Shop, franquia de produtos de beleza L'Oreal. Além da empresa, estão na disputa o fundo de private equity CVC Capital Partners, Advent International e Investindustrial Advisors.


As ações da Petrobras fecharam em alta. Os papéis preferenciais subiram 1,08% e os papéis ordinários tiveram alta de 0,84%, na contramão da cotação do petróleo no mercado internacional, que operava em baixa. Na quinta-feira, a empresa anunciou um aumento nos preços da gasolina e do diesel.


As ações da Vale também subiram e os papéis PNA tiveram alta de 0,80% e as ações ordinárias ganharam 0,62%. O preço do minério de ferro fechou com queda no mercado internacional, de 2,5% a US$ 66,53 a tonelada, mas a decisão da agência de classificação de risco S&P de melhorar a perspectiva de rating da mineradora de estável para positiva ajuda a impulsionar o preço do papel.


As ações das empresas de energia elétrica que fazem parte do Ibovespa fecharam em queda. Os papéis da Energias do Brasil recuaram 2,60%, a maior queda do dia, e as ações PNB da CPFL tiveram queda de 1,74%. Fora do Ibovespa, as ações unit da Alupar caíram 4,01%.


A Energia do Brasil venceu a disputa de três lotes do leilão de transmissão de energia, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na B3. A empresa ficou com os lotes 7, 11 e 18, oferecendo deságios significativos. A CPFL perdeu a disputa do lote 10 para a gigante indiana Sterlite Power. A Alupar faz parte do Consórcio Olympos II na vitória do lote 19.