Distratos de médio e alto padrão somaram R$ 7,5 bilhões em 2016
Os distratos das associadas da Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em unidades de médio e alto padrão somaram R$ 7,5 bilhões no ano passado, segundo estimativa da entidade e da Fundação Instituto de Pesquisas (Fipe).
Driblar a questão dos distratos é muito complicado, segundo o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França, mas uma solução simplista pode ser a adoção somente do modelo de venda de moradias prontas.
"Isso pode significar que pessoas que não têm capacidade de poupança passem a vida toda pagando aluguel", disse França.
Em relação aos distratos voluntários, ou seja, realizados por decisão do comprador, e em que o consumidor busca receber, na Justiça, os recursos pagos à incorporadora, ele questionou: "como as pessoas querem que o país mude se continuam tendo essa postura?".
Segundo o presidente da Abrainc, o mercado imobiliário está enfrentando um problema de devolução de produtos que não ocorre em outros setores.
Para ressaltar a gravidade do problema das rescisões para o setor, o presidente da Abrainc citou que os distratos foram uma das razões para a empresa imobiliária PDG Realty ter de recorrer ao mecanismo da recuperação judicial.
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