Doria diz que "a reforma Previdência não afeta ninguém"
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça-feira (24) que vai cortar o ponto dos funcionários públicos municipais que aderirem à greve geral convocada por nove centrais sindicais. O movimento nacional é um protesto contra as reformas da Previdência Social e trabalhista propostas pelo presidente Michel Temer e em tramitação no Congresso.
"Eu não apoio esse movimento. Funcionários municipais que aderirem terão seu ponto cortado. Se não trabalharem, terão um dia a menos em seu salário", afirmou o tucano em entrevista à emissora paulistana Super Rádio AM. "A convocação dos sindicatos é legítima, mas não tem o meu apoio nem o meu aval."
Doria defendeu as reformas de Temer. Para o empresário e prefeito, elas são necessárias para o desenvolvimento do país e vão melhorar as condições de vida dos brasileiros. "É uma situação que o PT deixou de presente para os brasileiros", disse, citando índices de desemprego e estagnação econômica. "Essa situação não vai se reverter se não fizemos as reformas."
Para Doria, "a reforma Previdência não afeta ninguém" e a trabalhista muda uma "legislação arcaica que prejudica a todos". "Ela [a lei trabalhista atual] não protege o trabalhador. Ela prejudica, à medida que não gera mais empregos."
Na opinião do prefeito paulistano, a aprovação das reformas pode fazer com que o Brasil encerre o ano com crescimento de 0,5% e, em 2018, chegue a crescer 5%.
Surpresa presidenciável
Ainda na entrevista à rádio, João Doria se disse surpreso por ser cogitado para concorrer à Presidência da República nas próximas eleições.
"Não imaginava que, em 90 dias [à frente da Prefeitura de São Paulo], [eu] já frequentasse listas de presidenciáveis e fosse colocado como potencial candidato à Presidência, coisa que eu não sou", se apressou a esclarecer. "Minha obrigação é ser um bom prefeito todo dia."
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