Juros futuros longos têm maior alta do ano, com receio em área fiscal
A percepção de risco no mercado de renda fixa teve nesta terça-feira a maior alta em um mês e meio, enquanto o DI janeiro de 2021 mostrou o maior salto desde dezembro passado. O movimento foi puxado pela escalada das preocupações com a reforma da Previdência.
Os investidores mostraram nervosismo com a decisão do PSB de assumir posicionamento contrário às reformas da Previdência e trabalhista. O receio maior é que o movimento gere efeito cascata, com risco de outras legendas também indicarem votos contra as reformas.Hoje, a comissão especial da reforma trabalhista discutiu o texto do relator Rogério Marinho (PSDB-RN).
O principal temor do mercado é que as reformas sejam enxugadas, reduzindo drasticamente o potencial de correção de desequilíbrios das contas públicas. Por ora, analistas dizem que o cenário-base continua o de aprovação das medidas, mas alguns já admitem que os investidores podem estar subestimando os riscos em torno do processo de negociação das propostas.
Em meio a isso, o BNP Paribas reforçou estratégias de proteção a suas posições favoráveis a Brasil. A equipe de estratégia para juros e câmbio do banco para a América Latina, liderada por Gabriel Gersztein, elevou apostas em um dólar perto de R$ 3,30 no mercado de opções, posição que ajuda a proteger perdas também na renda fixa. O dólar se aproximou de R$ 3,17 nesta terça.
Ao fim do pregão regular, às 16h, o DI janeiro de 2021 subia a 10,070% (9,920% no ajuste de ontem). Na máxima, a taxa foi a 10,110%, acréscimo de 19 pontos-base sobre o patamar de fechamento da véspera. É a maior alta intradia desde 2 de dezembro do ano passado (29 pontos).
O DI janeiro de 2019 tinha alta a 9,420% (9,340% no último ajuste). E o DI janeiro de 2018 alcançava 9,540% (9,500% no último ajuste).
O DI outubro de 2017 - fortemente associado às expectativas para as próximas reuniões do Copom - também subia, marcando 9,930% (9,905% no ajuste anterior).
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