Dólar cai e sai na casa de R$ 3,16 com investidor atento nas reformas

O dólar opera em queda ante o real nesta quinta-feira, interrompendo a sequência de alta dos dois últimos dias. Os agentes financeiros avaliam, com menos nervosismo, a votação da reforma trabalhista e o cenário político para as novas regras previdenciárias.

Com o apoio de 296 deputados, a reforma trabalhista foi aprovada ontem na Câmara e agora segue para o Senado. O resultado ficou bem acima dos 237 votos necessários.

Às 10h15, o dólar operava em baixa de 0,11%, cotado a R$ 3,1688, após tocar mínima em R$ 3,1562.

O contrato futuro para maio, por sua vez, tinha baixa de 0,16%, a R$ 3,1700. No menor valor por ora, o ativo marcou R$ 3,1570.

O ambiente externo também dá uma "trégua" aos mercados emergentes. Ainda que as principais moedas dessas praças não estejam na mesma direção, as variações são mais amenas que na véspera. O esperado anúncio das propostas da reforma tributária, uma bandeira de campanha do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi marcado pela falta de detalhamento, o que atenuou a alta do dólar.

O que foi anunciado ontem pelo Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, foi uma repetição do que já se sabia, algo como uma carta de intenções que depende plenamente da aprovação do Congresso, onde nem mesmo entre os republicanos há consenso.

Além disso, as preocupações com medidas protecionistas foram reduzidas após a Casa Branca afirmar que, "neste momento", Trump não assinará nenhum ato executivo retirando os EUA do Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta). Essa possibilidade chegou a ser ventilada nesta semana, desencadeando desvalorização do peso e do dólar canadense. Hoje, as duas divisas recuperam terreno.