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Produção de químicos de uso industrial sobe 3,9% no primeiro trimestre

27/04/2017 15h36

(Atualizada às 15h40) Os principais índices do segmento de produtos químicos de uso industrial apontam um bom início de ano para o setor, segundo dados preliminares divulgados nesta quinta-feira pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). No primeiro trimestre, a produção cresceu 3,86%, as vendas internas tiveram elevação de 0,9% e o consumo aparente nacional (CAN) avançou 18,5%.


A associação pondera que esse crescimento se deve à base deprimida de comparação. "O setor químico, assim como toda a economia nacional, passou por um período de mais de dois anos de intensa recessão", afirma em nota a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.


Nos três primeiros meses do ano, o índice de preços de químicos de uso industrial subiu 10,7%, enquanto a taxa média de utilização da capacidade instalada ficou em 79%, um ponto acima da registrada em igual período do ano passado.


Em 12 meses até março, o consumo aparente (que mede a demanda) cresceu 10,7%, a produção subiu 4,3% e a utilização da capacidade instalada ficou em 81%, três pontos acima da taxa dos 12 meses imediatamente anteriores.


A diretora da Abiquim ressalta que, há alguns anos, o crescimento da demanda de químicos de uso industrial é atendido por fatias cada vez maiores de produtos importados. "Esse círculo vicioso tem se agravado pela diminuição da demanda mundial por produtos químicos, que tem gerado excedentes exportáveis para países cuja demanda interna ainda está em ascensão, como o Brasil", observa.


Cloro


Já a produção de cloro e soda cásutica, que apresentou melhora pontual em janeiro, voltou para o terreno negativo em fevereiro, comprometendo o desempenho acumulado no primeiro bimestre.Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor), a queda na produção de cloro foi de 2,3%, para 196,1 mil toneladas, e na de soda, 2,8%, para 215,4 mil toneladas.


Diante disso, a taxa de utilização da capacidade instalada foi de 79,8% nos dois primeiros meses do ano, 0,7 ponto percentual inferior ao mesmo período de 2016 e ainda longe da média histórica, que é de 87%.


As vendas internas de soda cáustica recuaram 1,7% no bimestre, para 184,2 mil toneladas, enquanto as vendas totais aumentaram 3,5%, impulsionadas pelas exportações, que atingiram 13 mil toneladas, informou a associação.


Já as vendas totais de cloro registraram queda de 6,5% no bimestre, para 22 mil toneladas. E o uso cativo (pela própria indústria, para obtenção de outros produtos) recuou 3,3%, para 173,3 mil toneladas.