Bolsas de NY caem após PIB fraco dos EUA, mas ganha na semana e no mês
O PIB dos Estados Unidos no primeiro trimestre frustrou as expectativas, que já não eram altas. No entanto, ainda que o período tenha registrado o menor avanço da atividade dos EUA desde o início de 2014, as esperanças de uma economia bem mais ativa ao longo do ano mantiveram o benefício da dúvida entre os investidores.
Tanto que os principais índices acionários em Wall Street registraram perdas leves e encerraram tanto a semana quanto o mês com sólidos ganhos acumulados.Após ajustes o Dow Jones terminou em baixa de 0,19%, a 20.940,51 pontos. O S&P 500 recuou 0,19%, a 2.384,20 pontos. O Nasdaq perdeu 0,02%, a 6.047,60 pontos, mas teve força para superar a máxima intradia novamente, ao alcançar 6.074,04 pontos.
Na semana e no mês, o Dow Jones subiu 1,91% e avançou 1,34%. O S&P 500 teve ganhos de 1,51% e 0,91%, respectivamente. O Nasdaq valorizou 2,32% no acumulado dos últimos cinco pregões e 2,30% em abril.As valorizações acumuladas dos referenciais americanos refletiram ainda, em grande medida, a boa temporada de balanços, em que muitos dos gigantes corporativos reportaram resultados acima do esperado.
Hoje Alphabet, controladora do Google, saltou 3,71% após apresentar lucros e receitas maiores que as estimadas. Ao longo da semana, Caterpillar, McDonald's, DuPont, General Motors, Amazon e Boeing foram algumas entre várias companhias que bateram as expectativas de analistas."Acho que o ciclo de balanços do primeiro trimestre tem feito um bom trabalho em justificar as valorizações [dos índices]", afirmou David Schiegoleit, diretor de investimentos do U.S Bank Private Client Reserve.
Embora o resultado do PIB americano não tenha causado grandes estragos nos mercados globais, a notícia de uma expansão da atividade econômica americana de 0,7% na leitura anualizada frente a uma estimativa de 1% manteve os investidores na defensiva nesta sexta-feira.
O crescimento fraco nos primeiros meses do ano, na verdade, veio com sabor de notícia antiga. Isso porque fatores sazonais, como o inverno no Hemisfério Norte, costumam frear a atividade nos EUA no início de um novo período. Em 2017, além do clima, a transição de governo, com a saída do democrata Barak Obama para o começo da era do republicano Donald Trump na presidência, também, provavelmente, entrou na conta, conforme analistas.
Por outro lado, outros dados do Departamento do Comércio, divulgados juntos com a prévia do PIB, mostraram um crescimento sólido dos salários e benefícios, além de uma aceleração da alta de preços de consumo. Os rendimentos pagos aos trabalhadores avançaram 0,8% no trimestre, no mais forte ritmo desde 2007.
Já o índice de gastos em consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), métrica de inflação preferida pelo Federal Reserve, subiu 2,4% ao ano no fim de março. Trata-se do maior crescimento para o indicador desde a primavera de 2011 [no Hemisfério Norte].
Para analistas, o avanço dos salários e da inflação sinalizam expansão mais forte da economia nos meses posteriores.
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