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Confiança do setor de serviços cai em abril e rompe série de 3 altas

28/04/2017 10h26

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) da Fundação Getulio Vargas (FGV) caiu 1,1 ponto entre março e abril, para 84,2 pontos, interrompendo uma sequência de três altas mensais, feitos os ajustes sazonais.O recuo do mês foi puxado pela piora das expectativas, que, por sua vez, foi influenciada, em parte, pelo aumento das incertezas no campo político, traz a sondagem.


"A primeira queda do ICS no ano parece sinalizar, antes de tudo, um ajuste na avaliação do setor sobre as condições de negócios. De maneira geral, os indicadores permanecem em patamar historicamente baixo, e com distanciamento considerável nas avaliações sobre as condições correntes e futuras, o que sinaliza a possibilidade de o nível de atividade real se manter moderado nos próximos meses. Destaque-se ainda que a acentuação da queda dos indicadores de mercado de trabalho afeta particularmente este setor, que depende basicamente da demanda doméstica" avalia Silvio Sales, consultor do FGV-Ibre.


A queda da confiança em abril estendeu-se a nove das 13 principais atividades pesquisadas e foi motivada por movimentos distintos em seus dois componentes: houve melhora da percepção atual e piora das expectativas. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 2,2 pontos, para 76,6 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) recuou 4,3 pontos, para 92,1 pontos.


O Nível de utilização da capacidade instalada (Nuci) do setor de serviços subiu 0,3 ponto percentual em abril, para 82,5%.


Política e Expectativas


Mensalmente, um quesito da Sondagem procura identificar os fatores que estão limitando a melhora do ambiente de negócios. Neste quesito, é reservado um espaço para que as empresas descrevam fatores que considerem importantes e que não estejam listados entre as opções de resposta oferecidas no questionário.


Em abril, houve um aumento de 1,5 ponto percentual, para 8,4%, na proporção de empresas citando a política como fator limitativo. Em março, essa proporção era de 6,9%. O resultado sugere que o aumento da incerteza política pode ter contribuído para a queda no Índice de Expectativas.


A sondagem de serviços de abril coletou informações de 1893 empresas entre os dias 3 e 26 deste mês.