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Metalúrgicos e operários param e fábricas ficam fechadas na Grande SP

28/04/2017 09h07

(Atualizadas às 12h50) As grandes fábricas de São Paulo e da região metropolitana amanheceram sem a presença do trabalhadores, que aderiram à greve geral convocada pelas centrais sindicais e movimentos sociais.


O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou por meio de sua assessoria de imprensa que os funcionários de cinco montadoras (Ford, Volks, Mercedes, Toyota e Scania) não deram expediente nesta sexta-feira (28).


Também pararam na região outras empresas, como as autopeças As Brasil, Mahle e SMS. Já a Magna Cosmo realizou uma assembleia em que aderiu às paralisações. Os trabalhadores foram dispensados em seguida.


O presidente do Sindicato dos Metalúrgico de São Paulo, Miguel Torres, disse que também houve grande adesão nas fábricas da capital paulista. "Todas as grandes categorias pararam. Já passamos por garagens de ônibus e diversas fábricas. Nossa avaliação da greve tem sido muito positiva", afirmou.


O sindicalista ressaltou que os trabalhadores, em sua maioria, nem chegaram a se deslocar para as fábricas, uma vez que já tinham decidido pelo apoio à greve geral. Em outros casos, ressaltou Torres, eles foram, realizaram assembleias e depois ficaram liberados para voltar para casa.


Os sindicatos protestam contras as reformas da Previdência e trabalhista, em tramitação no Congresso Nacional.


Usiminas


Apesar da paralisação do Sindicato dos Metalúrgicos da Baixada Santista, a unidade da Usiminas em Cubatão (SP) continua produzindo normalmente, afirma Claudinei Rodrigues, presidente da entidade. A empresa teria mantido os funcionários do turno da meia-noite para impedir a parada. "Vamos fazer uma denúncia ao Ministério Público", disse.


De acordo com o sindicalista, a siderúrgica decidiu antecipar a entrada de parte do pessoal da tarde ? aproximadamente 200 trabalhadores ? para a madrugada. Pela manhã, o bloqueio dos trabalhadores impediu a entrada de mais funcionários, principalmente do setor administrativo, mas os que já estavam produzindo continuaram lá, diz Rodrigues.


Procurada, a Usiminas não havia respondido os questionamentos até o fechamento desta nota.


Hoje, a unidade de Cubatão funciona apenas com a parte de laminação, já que as áreas primárias foram fechadas por conta da crise da siderurgia brasileira e das dificuldades financeiras da companhia.


Rodrigues também revela que a manifestação de cerca de 60 sindicatos da Baixada realizavam no porto de Santos foi dispersada pela Polícia Militar há pouco. As entidades, então, passaram a se reunir na praça Mauá, no centro da cidade. Sindicatos dos metalúrgicos, bancários, estivadores, servidores públicos, construção civil, transporte e outros estão presentes, acrescenta.


Taubaté


Em Taubaté, funcionários das multinacionais General Eletric e Gestamp, fabricante de componentes automotivos, fizeram manifestações contra as reformas em frente às fábricas.


O sindicato de metalúrgicos local afirmou ainda que não houve ato em frente à unidade da LG, também sediada no município, porque a companhia dispensou os funcionários no dia de hoje. No caso das montadoras Volkswagen e Ford, o efetivo já era mínimo, já que, diante da produção ainda fraca, a primeira deu férias coletivas a boa parte dos funcionários e a segunda mantém jornada reduzida através do Programa Seguro Emprego (PSE).