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Fluminenses são os que menos praticam esportes no país, diz IBGE

17/05/2017 11h35

Um ano antes de sediar a Olimpíada, o Rio de Janeiro foi o Estado com a menor proporção de pessoas que praticavam algum esporte. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), apenas 18,9% dos fluminenses com 15 anos ou mais disseram que praticaram alguma modalidade no período de referência (entre setembro de 2014 e setembro de 2015).


Foi a primeira vez que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) perguntou sobre prática de esporte e atividade física. Realizada em parceria com o Ministério do Esporte, o suplemento permitiu identificar que modalidade ou atividade física foi praticada, o local e a frequência do exercício físico.


Proporcionalmente, o Amazonas foi o Estado com maior frequência de pessoas que praticavam algum esporte: 32,2%. Santa Catarina (28,6%), Mato Grosso (28,5%), Distrito Federal (28,2%) e Mato Grosso do Sul (28%) são os outros Estados com maior percentual de praticantes esportivos. Em São Paulo, 23,6% dos pesquisados tinham praticado algum esporte em 2015.


Adriana Beringuy, analista do IBGE, aponta o trânsito como o principal empecilho à prática de esporte entre os fluminenses. Levantamento do IBGE, baseado em dados do Censo de 2010, mostra que o Rio tem o pior tráfego do país, gastando quase o dobro do tempo de São Paulo no trajeto de ida e volta do trabalho. Enquanto os paulistas gastam em média 2,93 horas, os moradores do Rio perdem 4,41 horas.


Falta de incentivo


Os dados revelados pelo suplemento da Pnad, na avaliação de Maria Lucia Vieira, gerente da pesquisa, indicam que há pouco investimento no esporte brasileiro, principalmente entre os mais novos.


Segundo o levantamento, 57,3% das pessoas entre 15 e 17 anos que não praticaram esporte não o fizeram porque não gostavam ou não queriam. "Isso se deve pela falta de hábito durante a infância, sabemos que que nessa fase inicial precisa de um estímulo da família para que as crianças façam atividade física e o corpo se acostume e sinta falta de estar em movimento ao longo da vida", acrescentou.


Esse tipo de justificativa vai diminuindo à medida que há o envelhecimento do pesquisado: entre 40 e 59 anos esse percentual é de 34,1% e acima de 60 anos cai para 28,6%.


Segundo o IBGE, 118,6 milhões de pessoas (73,3% do total) disseram que o poder público deveria investir em atividades físicas ou esportivas. Por outro lado, 14,7% das pessoas opinaram que o governo não deveria investir em tais atividades, e 12,0% informaram não ter opinião.


Daqueles que opinaram a favor do investimento público em atividades físicas ou esportivas, 91,1% gostariam que o poder público priorizasse essas atividades para pessoas em geral, não apenas as modalidades profissionais. Somente 8% opinaram que tais atividades deveriam ser priorizadas para a formação de atletas.


Entre as 23,8 milhões de pessoas que não gostariam que o poder público investisse em atividades físicas ou esportivas, 57,8% delas indicaram a saúde como investimento prioritário; a segurança figurou em segundo lugar, com 21,3%; vindo, em seguida, a educação, com 16,5% das respostas.