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Além dos desempregados, Brasil tem 12 milhões de pessoas subutilizadas

18/05/2017 10h05

Além dos cerca de 14,1 milhões de desempregados, o primeiro trimestre de 2017 terminou com mais 12,4 milhões de pessoas que trabalhavam menos horas do que gostariam, ou que poderiam trabalhar, mas não estão no mercado. Com isso, a subutilização de trabalhadores - que inclui todos esses contingentes - somou quase 26,5 milhões de pessoas no período, o equivalente a 24,1% da força de trabalho, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua, divulgada hoje pelo IBGE. No quarto trimestre do ano passado, a taxa era de 22,2%. No primeiro trimestre de 2016, era de 19,3%.


A subutilização cresceu 9,2% em relação ao trimestre anterior e está 28,2% maior que em igual trimestre do ano passado. O contingente de pessoas subutilizadas no mercado de trabalho, em relação ao primeiro trimestre de 2016, cresceu em 5,9 milhões de pessoas. Ante o quarto trimestre do ano passado, houve o incremento de 2,3 milhões de pessoas.


Segundo o IBGE, o mercado de trabalho está no pior momento em 17 das 27 unidades da federação, medindo pela taxa de subutilização da força de trabalho.


A região Nordeste teve a maior taxa (35,1%) de subutilização da força de trabalho no primeiro trimestre, enquanto a menor ocorreu no Sul (15,3%). Entre os Estados, o Piauí atingiu o patamar mais alto (40,3%), sendo o menor em Santa Catarina (11,1%). Em São Paulo o indicador ficou em 20,5% no primeiro trimestre.


Desocupação


Já a taxa de desocupação no primeiro trimestre, cujo dado para o Brasil o IBGE já havia divulgado, de 13,7%, ficou acima da média nacional nas regiões Nordeste (16,3%), Norte (14,2%) e Sudeste (14,2%). Centro-Oeste (12%) e Sul (9,3%) foram as regiões cujas taxas ficaram abaixo do indicador para o Brasil. Na Bahia, o indicador ficou em 18,6%, a maior taxa entre os Estados. Em Santa Catarina, a taxa foi de 7,9%, o menor índice para as unidades da federação.


Já no Rio de Janeiro, segunda maior economia do país, o desemprego bateu recorde no primeiro trimestre, 14,5%, a maior taxa desde 2012.


São Paulo


Em São Paulo, o desemprego cresceu do quarto trimestre de 2016 para o primeiro trimestre de 2017. A taxa nesse período passou de 12,4% para 14,2% da força de trabalho. Foi a maior taxa desde 2012, início da série histórica da Pnad Contínua.




O mercado de trabalho em São Paulo está no pior momento desde 2012, início da série histórica da Pnad Contínua. No primeiro trimestre de 2017, 20,5% das pessoas na força de trabalho do Estado ou estão desempregados, ou estão mal colocados no mercado, trabalhando menos do que gostariam. São 5,3 milhões de pessoas nesse grupo.


Ante o primeiro trimestre de 2016, quando esse grupo somava 4,3 milhões de pessoas, a taxa de subutilização da força de trabalho cresceu 21,5% no Estado de São Paulo.


Em relação à taxa de desocupação no Estado de São Paulo, que mede o desemprego em relação as pessoas na força de trabalho, também é o pior momento paulista e chegou a 14,2% no primeiro trimestre de 2017. São 3,5 milhões de pessoas que procuram colocação no mercado de trabalho e não conseguem.