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Questionado se pode substituir Temer, Meirelles sorri e acena

23/05/2017 13h42

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, driblou jornalistas que o esperavam nesta terça-feira (23) para uma entrevista após sua participação em evento com empresários do setor de infraestrutura em São Paulo.


Muito aguardado pela imprensa, o ministro chegou ao local do seminário com cerca de meia hora de atraso, por volta do meio-dia. Na entrada, repórteres perguntaram se Meirelles pode ser candidato a presidente numa eventual eleição indireta para substituir Michel Temer - atingido por suspeitas de corrupção, após a divulgação da sua conversa com o empresário Joesley Batista, da JBS. O ministro da Fazenda caminhou diante de câmeras e microfones até entrar no auditório sem responder, apenas sorrindo e acenando.


Antes disso, a assessoria da Fazenda e a organização do evento combinaram com os jornalistas que Meirelles daria uma breve entrevista ao fim de sua palestra, como costuma fazer em agendas desse tipo. Depois do pronunciamento do ministro, porém, enquanto repórteres e cinegrafistas aguardavam Meirelles no local destinado para a entrevista, o ministro saiu rapidamente por uma porta na outra extremidade do hotel, onde já havia um carro o esperando.


No encerramento de sua fala no seminário "Financiamento e garantias para a infraestrutura", promovido pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), Meirelles se desculpou por não ficar para responder perguntas e debater com os presentes, como "gosta de fazer". Ele explicou que tem que conversar com agentes econômicos do mundo inteiro por telefone para minimizar "problemas para a economia causados por discussões na arena política".


"Estou numa agenda intensa de trabalho legislativo, tomei café da manhã com o presidente da Câmara, tenho feito muitas reuniões com lideranças partidárias. Vejo compromisso interessante do Congresso, mostrando que não vai parar. Eu aposto no futuro do Brasil, estou comprometido com a retomada e as reformas, trabalhando dia e noite nessa direção. Vamos em frente, trabalhar para o crescimento do país", disse o ministro.