Bolsas de NY fecham em alta após ata do banco central americano
As altas das bolsas de Nova York refletiram nesta quarta-feira o sentimento positivo dos investidores em relação à ata da reunião de política monetária do Federal Reserve em maio. Em especial, com relação aos detalhes sobre as discussões do processo de enxugamento do balanço de US$ 4,5 trilhões. O documento ainda reafirmou o cenário já amplamente esperado de nova elevação de taxa na reunião de junho do banco central americano.
Após ajustes, o Dow Jones conseguiu recuperar a marca psicológica dos 21 mil pontos e fechar em alta de 0,36%, a 21.012,42 pontos. O S&P 500 avançou 0,25%, a 2.404,39 pontos, e superou o recorde obtido em 15 de maio. O Nasdaq subiu 0,40%, a 6.163,02 pontos e ficou a apenas seis pontos de seu maior patamar de encerramento em todos os tempos.
Os papéis dos setores imobiliário e de serviços públicos (utilities) estiveram entre os maiores ganhos no S&P 500, com subidas de 0,62% e de 0,69%. Essas ações costumam ter aderência aos movimentos de ativos de renda fixa, pois as companhias são pagadoras regulares de proventos.
O setor de matérias-primas avançou 0,76%, ajudado pelo recuo do dólar. A maior queda no S&P 500 ficou com as ações de energia, que recuaram 0,53%, em meio à cautela dos investidores antes da reunião da Organização de Países Produtores de Petróleo (Opep) na quinta-feira.
No Dow Jones, as altas foram puxadas pelos papéis do Goldman Sachs, seguidos de Coca-Cola e DuPont. O banco avançou 1,92%, enquanto a fabricante de refrigerante subiu 1,44% e a companhia de produtos químicos e materiais teve ganho de 1,34%.
Todos os índices americanos voltaram a operar em terreno positivo no acumulado do mês. O Dow Jones sobe 0,34% no período após o pregão de hoje, enquanto S&P 500 acumula alta de 0,85% e o Nasdaq tem avanço de 1,91%. Os "benchmarks" também recuperaram as órbitas em torno das máximas históricas estabelecidas recentemente.
Isso significa que os referenciais acionários de Nova York já conseguiram recuperar as perdas ocorridas nas últimas semanas após o agravamento da crise política nos EUA, diante de uma sequência de fatos que envolveu a demissão do diretor do FBI, James Comey, pelo presidente Donald Trump.
Os principais índices em Wall Street já operavam no território dos ganhos antes da ata, mas ampliaram e consolidaram os avanços após a divulgação do documento. Os registros do encontro de política monetária revelaram um consenso entre os integrantes da autoridade sobre a melhor estratégia para conduzir o processo de enxugamento do balanço.
De acordo com a ata, o Fed estuda estabelecer limites mensais, que cresceriam ao longo do tempo, para a quantidade de vencimentos dos títulos em carteira que ficaria sem reinvestimento dos recursos. Dentro dessa abordagem, qualquer repagamento recebido acima do estabelecido continuaria a ser reinvestido.
"O Fed forneceu maior clareza aqui [sobre o processo de enxugamento do balanço]", afirmou Matt Toms, executivo-chefe de investimentos da Voya Investment Management. "Os integrantes deixaram implícita a habilidade de modular a redução do balanço, o que mostra que o banco central não está no piloto automático e pode adotar as ações conforme a necessidade", acrescentou.
A ata também reforçou a sinalização de vários integrantes do banco central nas últimas semanas de que, apesar da desaceleração econômica indicada pelos dados no primeiro trimestre, o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) tende a manter o rumo de mais duas altas no ano."A maioria dos participantes do Fomc julgou que, se a informação econômica vier em linha com o esperado, em breve será apropriado ao comitê tomar um novo passo na remoção da acomodação da política monetária", afirmou a ata.
Sobre a fraqueza vista no início do ano, o comitê avaliou como um evento sazonal. "Embora os dados recentes tenham mostrado que os gastos agregados no primeiro trimestre tenham sido mais fracos que os integrantes esperavam, o grupo avaliou que a desaceleração provavelmente é transitória", revelaram os registros da reunião.
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