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Arthur Maia acredita ter 280 votos a favor de reforma da Previdência

31/05/2017 14h03

O relator da reforma da Previdência na Câmara, deputado Arthur Maia (PPS-BA), acredita que o projeto tem o apoio hoje de mais de 280 deputados. Após discursar a uma plateia de empresários e investidores estrangeiros em São Paulo, o parlamentar ressaltou que o governo está perto de reunir as condições para votar e aprovar as mudanças previdenciárias.


"Acho que nós já temos seguramente mais de 280 votos", disse Maia, na saída do Fórum de Investimentos Brasil 2017. São necessários 308 votos para aprovar a reforma da Previdência. "Penso que estamos em um patamar próximo de conseguir aquilo é que necessário em voto para aprovar a reforma", declarou.


O relator ainda fez questão de ressaltar que a crise política, agravada pela delação da JBS, que compromete o presidente Michel Temer, não alterou de forma significativa o apoio ao governo no Congresso Nacional. "Creio que temos, independentemente de qualquer questão, todas as condições de aprovar a reforma", afirmou em seguida.


Maia, porém, frisou que não há um prazo para a votação do texto. Uma definição sobre o calendário, afirmou o deputado, depende do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "Nesse momento não diria que temos um prazo específico. Maia tem acenado com as possibilidades. Está considerado o desejo de votar e aprovar", disse.


Além disso, o relator afirmou que a votação da reforma da Previdência não pode ficar condicionada ao julgamento da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mesmo que haja uma mudança na Presidência da República. "Isso é que todos nós entendemos. Não se trata de fulanizar. As instituições são maiores que qualquer homem. Estamos lutando por uma reforma que não é de governo, mas do Estado".


O julgamento deve começar em 6 de junho. Maia, no entanto, afirmou que torce pela permanência de Temer. Apesar disso, argumentou que qualquer presidente com responsabilidade vai tratar a reforma previdenciária como prioridade. Sobre um eventual pedido de vista no TSE, alegou que as articulações no Congresso devem seguir normalmente.


"Não podemos ficar refém de circunstância que não tem prazo determinado. Se houver pedido de vista, temos que tocar a reforma", disse o relator, observando, contudo, que um eventual afastamento de Temer do Planalto provocaria um pico de crise política com potencial para inviabilizar as votações.


"Entretanto, aconteça o que aconteça, espero que seja favorável ao presidente Temer, caso contrário tem que superar e continuar com as reformas".