Inflação de serviços de maio é a menor desde julho de 2014, nota IBGE
A inflação de serviços desacelerou de 0,49% em abril para 0,05% um mês depois, influenciada pela forte queda nas passagens aéreas e pela redução da demanda, causada pelo desemprego, destacou a coordenadora de índice de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos. Foi o menor resultado desde julho de 2014, quando houve deflação de 0,06% nos serviços. É também a segunda taxa mais baixa de toda a série, iniciada em 2012.
Em um mês sem feriados nacionais e férias, lembrou a economista, as passagens aéreas tiveram queda de 11,81%, após avanço 15,48% de abril. Esse item representa 0,39% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e retirou 0,05 ponto percentual da inflação no mês. Em maio, o IPCA subiu 0,31%.
Em 12 meses, o IPCA de serviços desacelerou para 5,62% em maio, de 5,96%, em abril, e ficou no menor nível dos últimos cinco anos. Na média, o índice de serviços ainda está com inflação superior ao índice geral de preços, que acumula alta de 3,6% nos últimos 12 meses. Isso acontece, segundo Eulina, porque o indicador é mais resistente que a média geral dos preços livres.
"Apesar de estar navegando acima do resultado do IPCA, vem acompanhando a desaceleração", apontou a economista do IBGE. "Ocorre que os serviços em geral são mais resistentes, muitos deles são indexados e você não pode abrir mão, como escolas, hospitais e planos de saúde", exemplificou.
O que pode ser substituído no dia a dia está sendo trocado, destacou a pesquisadora. Um exemplo direto da queda da demanda é a forte desaceleração na inflação de alimentação fora de casa, que passou de 0,38% para 0,06%, entre abril e maio. Somente esse indicador representa quase 9% do IPCA. Em 12 meses, esse item acumula alta de 4,85%.
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