Juros futuros recuam de olho no exterior; dólar ronda R$ 3,29

Os juros futuros oscilam próximos da estabilidade na manhã desta quarta-feira. Com viés de baixa, os ativos domésticos brasileiros aguardam novos catalisadores que, no exterior, podem vir com a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e algum sinal sobre os futuros passos da autoridade monetária dos Estados Unidos.

Nesta manhã, os investidores receberam dados econômicos americanos, como as vendas no varejo.

Os números têm resposta na queda do dólar, inclusive ante o real. Às 9h52, a moeda americana recuava 0,57%, a R$ 3,2890. O dólar para julho cedia 0,71%, saindo a R$ 3,3060.

Na renda fixa, havia alguma pressão de queda nas taxas, mas os DIs ainda não se afastavam de maneira sólida de estabilidade.

O DI janeiro/2018 cai a 9,185%, ante 9,195% no ajuste anterior, e o DI janeiro/2019 recua a 9,220%, ante 9,240% na mesma base de comparação. Ainda entre os intermediários, o DI janeiro/2021 marcava 10,340%, mesmo valor do ajuste passado.

Para a decisão do Fed, é quase consensual - e amplamente precificada - a visão de que o banco central americano elevará a taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 1% a 1,25%. Por outro lado, um tom mais duro no comunicado da instituição ou nas falas da presidente Janet Yellen poderia alimentar uma volatilidade adicional nos ativos de emergentes.

No Brasil, nesta véspera de feriado, uma postura mais defensiva continua a ser justificada pelos riscos ao governo de Michel Temer e as consequentes incertezas em torno do ajuste fiscal. Hoje, serão colhidas mais informações do ex-deputado Eduardo Cunha e do empresário Joesley Batista em torno de investigações a respeito do presidente.