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Temer processa Joesley e pede indenização por calúnia e difamação

19/06/2017 16h05

O presidente Michel Temer ajuizou nesta segunda-feira, por meio de advogados, duas ações contra o empresário Joesley Batista, executivo do grupo JBS, sendo uma ação penal imputando-lhe os crimes de calúnia, difamação e injúria, e outra na área cível, pedindo reparação por danos morais. As ações foram protocoladas pelo advogado do PMDB, Renato Oliveira Ramos, pouco antes do embarque de Temer à Rússia e à Noruega, por volta das 14h30.


A ação criminal foi protocolada na Justiça Federal em Brasília, e a cível na Justiça comum do Distrito Federal. O conteúdo das petições ainda não foi divulgado, mas contou com a supervisão do criminalista Antonio Claudio Mariz, amigo e conselheiro de Temer. O crime de calúnia ocorre quando o acusado imputa ao autor da ação a prática de um crime que ele alega não ter cometido. A difamação, quando a prática atribuída ao autor da ação não configura crime. E a injúria ocorre quando há ofensa à honra.


Em nota oficial divulgada sábado, Temer divulgou que moveria as ações contra o empresário, por causa da entrevista que ele concedeu à revista Época, em que aponta o presidente como chefe da quadrilha mais perigosa da Câmara.


"Suas mentiras serão comprovadas e será buscada a devida reparação financeira pelos danos que causou, não somente à instituição Presidência da República, mas ao Brasil. O governo não será impedido de apurar e responsabilizar o senhor Joesley Batista por todos os crimes que praticou, antes e após a delação", diz a nota divulgada no fim de semana.


Por conta da delação e documentos entregues por Joesley, Temer passou a ser investigado porcorrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça.