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Espera por reformas trava mercado e Ibovespa oscila

21/06/2017 15h48

A espera pela conclusão da aprovação da reforma trabalhista deixa o mercado de ações travado. O Ibovespa assumiu um comportamento lateral no pregão e fica entre leve baixa e leve alta. Às 15h50, operava com leve alta de 0,02% aos 60.779 pontos, com giro financeiro de R$ 3,5 bilhões, projetando R$ 4,9 bilhões para o final do dia. Se for confirmado, o volume de negócios ficará abaixo da média diária do ano, que é de R$ 6,3 bilhões.


"O mercado está à espera de novas sinalizações sobre as reformas para definir estratégias de longo prazo. As transações têm ficado restritas ao giro diário", diz Leandro Martins, analista da corretora Nova Futura. O senador Romero Jucá (PMDB-RR) leu seu relatório, favorável à constitucionalidade da reforma trabalhista, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.


Ficou acertado que na próxima quarta-feira será aberta uma sessão extraordinária onde serão lidos votos em separado - ou relatórios paralelos sobre o assunto. Após às 16h terá início a discussão da matéria. Cada senador terá direito a falar por 10 minutos e a votação só deve ocorrer depois disso. Na sequência, a matéria segue para votação no plenário.


As duas principais ações do Ibovespa - Vale e Petrobras - operam com comportamentos distintos e ajudam a travar o movimento do Ibovespa. Os papéis PNA da Vale sobem 3,33% e as ações ordinárias ganham 2,92%. O preço do minério de ferro teve leve alta de 0,7% em Qingdao, na China, para US$ 56,82 a tonelada.


Já as ações da Petrobras operam em queda, seguindo a desvalorização do preço do petróleo no mercado internacional, que cai mais de 3%. As ações ordinárias recuam 1,85% e os papéis preferenciais operam em baixa de 2,31%.


De acordo com Martins, as ações das duas companhias perderam recentemente níveis importante de suporte (R$ 14,00 no caso de Petrobras e R$ 24,00 no caso de Vale). E isso pode estar justificando uma dinâmica negativa dos papéis "Há quase um ano as ações da Petrobras não perdiam o suporte dos R$ 14 e a Vale não ficava abaixo de R$ 24 desde janeiro", diz Martins. Segundo ele, a continuidade de queda desses papéis pode dar início a um movimento de ordens de "stop loss", considerando que o preço das commodities também está em queda no mercado internacional.


Os papéis do sistema financeiro também operavam em baixa, com destaque para as ações ordinárias do Bradesco, que caíam 1,24%. A ação que mais caía hoje era a Estácio, com recuo de 5,82%. Este é o segundo dia de baixa das ações da empresa de educação, em meio à possibilidade cada vez maior do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) reprovar a compra do grupo pela Kroton. As ações da Kroton caem 2,53%.