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Em áudio, Blairo lamenta decisão dos EUA de suspender compra de carne

23/06/2017 12h17

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, divulgou um áudio em que lamentou a suspensão de compra de carne in natura do Brasil imposta na quinta-feira pelos Estados Unidos e disse que o governo brasileiro vai tentar resolver esse assunto "o mais breve possível".


"Vamos correr atrás e tentar resolver esse assunto o mais breve possível já que a pecuária brasileira passa por um momento de grandes dificuldades, com preços baixos para produtores e esse era um canal muito importante para a manutenção dos preços aqui no Brasil", disse o ministro, reiterando o que já havia dito por meio de redes sociais.


"Quero tranquilizar a todos que vamos atuar muito firmemente, como já vínhamos fazendo, para resolver os problemas, mas infelizmente fomos suspensos. Vamos tentar reabilitar esse mercado, como eu já disse, bastante importante", afirmou.


Segundo Blairo Maggi, o governo foi informado há alguns dias sobre a não conformidade que tem aparecido em carnes brasileiras, no que diz respeito à reação a componentes da vacinação da febre aftosa. "Nós já tínhamos recebido essa informação e havíamos cancelado cinco plantas das 13 que estavam habilitadas", disse. "Então, já tínhamos tomado essas providências e estamos finalizando uma nova forma de inspeção dessas carnes nos frigoríficos, uma nova IN [instrução normativa], uma nova metodologia, para sermos mais rigorosos nesse assunto", afirmou.


O ministro reiterou que pretende ir aos Estados Unidos com uma equipe do ministério para realizar as discussões necessárias a respeito do assunto e restabelecer o mercado. Maggi citou ainda uma "pressão muito grande por parte dos produtores americanos" para que haja embargo à carne brasileira.


"Assim como comemoramos quando fomos liberados, lamentamos agora neste momento em que fomos suspensos. Mas também há que se entender que estamos exportando carne para o maior concorrente que temos em todo o mundo e há uma pressão muito grande por parte dos produtores americanos desde a época da liberação para que haja embargo, [para] que não se permita a chegada de carne brasileira lá", disse.


"Então, concordamos com a posição americana, das reclamações americanas. Vamos corrigir, porém temos de lutar porque é um mercado bastante importante", acrescentou.


O ministro afirmou ainda que o governo vai abrir uma sindicância para investigar o tipo de reagente que é utilizado na vacinação dos animais. "Também é importante dizer que temos um mercado novo, com o qual não estávamos acostumados e que tem comprado a parte dianteira dos nossos bovinos. É justamente nessa região onde é feita a vacinação. Estamos bastante atentos ao assunto", enfatizou.