Intenção de consumo das famílias diminui em junho, aponta CNC
Depois de ficar praticamente estável entre abril e maio, o indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu 0,7% em junho, para 77,1 pontos, ante o mês anterior, afetado pela piora nas avaliações sobre o mercado de trabalho, renda e acesso a crédito. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC).
A queda do índice foi puxada pelas famílias com renda abaixo de dez salários mínimos. A intenção de consumo daquelas que ganham acima de dez salários subiu.Na comparação com o mesmo período do ano passado, o ICF teve aumento, de 12,3%.
Dentre os subindicadores do ICF, o de emprego atual caiu 1,2%, o de perspectiva profissional recuou 2,3%, o de renda atual cedeu 1,7% e o de compra a prazo (crédito) diminuiu 0,9%. A despeito disso, tiveram alta os subindicadores que medem o nível de consumo atual (+2,8%), perspectiva de consumo (+0,6%) e momento para duráveis (+0,2%).
O percentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual é de 31,2%, ante 31,8% em maio. "Apesar da elevação dos indicadores relacionados ao emprego e renda na comparação anual, as variações mensais apresentaram recuo em junho. Tal fato ainda mostra a fragilidade da confiança das famílias, visto o atual cenário em relação ao mercado de trabalho, com manutenção de uma taxa elevada de desemprego e baixo crescimento da renda", afirma a CNC em nota.
Diante dos subindicadores de consumo com melhor desempenho, a CNC elevou a previsão para o crescimento do varejo ampliado (inclui veículos e materiais de construção) de 1,2% para 1,4%, mas ponderou que as incertezas políticas podem retardar uma recuperação do setor.
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