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Indústria paulista fecha 9.500 vagas em junho, aponta Fiesp

14/07/2017 12h14

O setor manufatureiro paulista demitiu 9.500 funcionários em junho, numa queda de 0,44% em relação a maio, na série sem ajuste sazonal. Trata-se do segundo resultado negativo consecutivo para o indicador -- em abril, a indústria de São Paulo havia reduzido seus quadros em 3.000 funcionários, revertendo dois meses de resultados positivos, segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

O setor de açúcar e álcool, que estava contratando até maio por contra do período de safra agrícola, passou a demitir em junho, eliminado 1.500 postos de trabalho no mês, ante 1.100 contratações em maio e 7.700 postos de trabalhos criados em abril.

No acumulado do primeiro semestre, o nível de emprego da indústria paulista ainda segue positivo, em 10 mil vagas -- reduzindo o saldo de 19,5 mil vagas criadas até maio. Na comparação de junho deste ano, com o mesmo mês do ano anterior, o resultado ainda é negativo (-3,81%), com o fechamento de 86 mil vagas.

De acordo com a Fiesp, até dezembro de 2016, foram 21 meses seguidos de emprego negativo. "Neste primeiro semestre, tivemos três meses positivos e três negativos. Estamos em fase de transição. Esperamos uma retomada mais pronunciada do emprego na indústria no segundo semestre", avaliou a federação, em comunicado.

Setores e regiões

Entre os 22 setores acompanhados pela pesquisa para o mês de junho, apenas o de couro e calçados ficou positivo, com geração de 233 vagas, enquanto 17 ficaram negativos e 4 permaneceram estáveis.

Do lado negativo, o segmento que mais demitiu foi o de produtos alimentícios (-2.341), seguido por impressão e reprodução de gravações (-1.332), bebidas (-1.302) e móveis (-1.118).

Por região, a variação no mês ficou negativa, além do Estado de São Paulo, em 0,44%, também no interior paulista (-0,40%) e na Grande São Paulo (-0,52%).

Entre as 36 diretorias regionais, houve variação entre os resultados. Entre as 17 que apontaram altas, destaque por conta de Jaú (1,13%), influenciada pelo setor de produtos de metal (18,18%), produtos alimentícios (1,16%); São Caetano do Sul (0,59%), por móveis (3,19%) e produtos alimentícios (1,74%) e Limeira (0,48%), por veículos automotores e autopeças (1,64%) e produtos alimentícios (2,34%).

Já dos 27 negativos, destaque para Botucatu (-4,34%), por confecção de artigo do vestuário (-32,53%) e produtos alimentícios (-0,42%); Santos (-1,65%), influenciado por produtos de metal (-9,31%) e produtos minerais não metálicos (-1,90%) e Matão (-1,49%), por máquinas e equipamentos (-2,18%) e produtos alimentícios (-0,94%).