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BNDES precisa se reinventar, diz novo diretor do banco

11/08/2017 17h45

O novo diretor de Planejamento e Pesquisa do BNDES, Carlos da Costa, disse, na tarde desta sexta-feira (11), que a instituição de fomento precisa se reinventar e vai iniciar um trabalho de planejamento estratégico, que será o maior da história do banco. Ele afirmou que o planejamento tem horizonte de médio e longo prazo, até 2030.


"É uma rediscussão sobre o que deve ser um banco de desenvolvimento, com papel de corrigir falhas de mercado e integrar visões empresariais, políticas e um país competitivo. Até agora, se fazia planejamento com horizonte mais curto", disse o novo diretor. "E eu vou ter a missão de liderar esse trabalho junto com o presidente do banco."


"O BNDES está em um momento em que precisa se reinventar a partir do legado de muita gente. O BNDES é o banco da sociedade brasileira. A missão da área de Planejamento será reinventar o banco com o que tem de maravilhoso, um banco que estimule inovação e interiorização do país", acrescentou o diretor, durante coletiva de imprensa, na sede do banco, no Centro do Rio, logo após tomar posse no cargo, ao lado do economista Carlos Thadeu de Freitas, novo diretor das áreas de Crédito, Financeira e Internacional da instituição.


Segundo Costa, "até agora se fazia planejamento com horizonte mais curto" no banco. Ele explicou que foram contratados "apoiadores externos internacionais" para auxiliar, que teriam participado de trabalhos semelhantes no alemão KFW.


TJLP x TLP


Sobre a TJLP, Costa disse que a discussão sobre a TLP ficou reducionista. "A discussão não pode ser simplificada sob o prisma fiscal ou monetário. Precisamos de inovação e tecnologia e capital humano. É um tema que vamos tratar no planejamento estratégico. A discussão ficou reducionista sobre os aspectos fiscal e monetário, mas precisa ser ampliada para ver que tipo de apoio institucional e de longo prazo nosso país vai ter", afirmou.


O superintendente do banco, Fabio Giambiagi, disse que o BNDES enfrenta o maior desafio dos últimos 40 anos como organização. Ele afirmou que, após o fim da década de 1970, entrou-se numa fase conturbada até 1994.


"Tivemos período de altíssima inflação e nessa situação era vantajoso para as empresas acorrer ao BNDES porque o banco tinha um monopólio", afirmou o superintendente.