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Varejo está em recuperação mais consistente e disseminada, avalia IBGE

15/08/2017 12h00

O terceiro crescimento consecutivo do volume de vendas do varejo em junho, pela série com ajuste sazonal, colocou o setor em uma trajetória mais consistente de recuperação, disse a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes.


Segundo ela, esse avanço também teria "qualidade" por causa da quantidade de taxas positivas dentro do indicador. De maio para junho, o volume do comércio varejista mostrou expansão de 1,2%, com predomínio de taxas positivas em seis das oito atividades pesquisadas.


Os principais destaques positivos foram os setores de móveis e eletrodomésticos (2,2%); tecidos, vestuário e calçados (5,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%), segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC).


"O grande destaque foi o ramo de eletrodomésticos e móveis. É um setor que tinha demanda represada. Os bens duráveis exigem mais orçamento das famílias, porque têm preço alto. Ele reage agora com recursos das contas inativas do FGTS, inflação menor, ganho de renda real", disse a gerente.


Também contribuíram positivamente as atividades de combustíveis e lubrificantes (1,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,5%); e livros, jornais, revistas e papelaria (4,5%).


"Em geral, as empresa tentam se recuperar, o que tem ajudado nos mais variados ramos. Com situação melhor de conjuntura, as empresas se organizam fazendo, por exemplo, eventos promocionais", disse Isabella.


Mesmo em setores que registraram queda nas vendas de maio para junho, o resultado ocorre após expansão nos meses anteriores. É o caso de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 0,4% após avanço de 1,1% registrado em maio. O mesmo se aplica aos equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-2,6%).