IPCA
0,83 Abr.2024
Topo

Alckmin defende permanência de Tasso no comando do PSDB

21/08/2017 17h36

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), defendeu nesta segunda-feira a permanência do senador Tasso Jereissati (CE) como presidente nacional do PSDB. Tasso está como interino no comando da legenda desde que Aécio Neves (MG) se licenciou do cargo após virem à tona indícios de que recebeu dinheiro da JBS para favorecer o frigorífico.


"O PSDB tem presidente, o Tasso Jereissati", disse Alckmin hoje após evento na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), na capital paulista. "A questão da direção partidária já foi resolvida, o Aécio já se afastou, o Tasso já assumiu e vai conduzir bem esse processo."


O governador ainda defendeu a propaganda partidária do PSDB que foi ao ar na semana passada. O tom da peça foi de autocrítica e de ataque ao governo do presidente Michel Temer (PMDB), o que despertou críticas de lideranças da legenda, em especial três ministros tucanos de Temer.


"[O programa] fez uma autocrítica que eu vejo como adequada, porque ela não é dirigida a ninguém, pessoalmente, mas ao modelo. Algum brasileiro está satisfeito com o modelo político que nós temos?", disse Alckmin.


O governador disse não ter tomado conhecimento de "detalhes" da propaganda antes da veiculação, mas que já sabia de sua linha geral. Afirmou ainda que tem como um de seus objetivos acabar com as divisões dentro do PSDB. "Vou trabalhar para unir o partido e buscarmos uma convergência, ajudar o Brasil com as reformas."


Encontro de Aécio e Temer


Em meio ao clima de divisão no PSDB, Alckmin minimizou a conversa fora da agenda que Aécio e Temer tiveram na semana passada. Aécio trabalha para manter o PSDB dentro do governo.


"Eu não vejo nenhum problema, o Aécio Neves é senador, e já trata da privatização da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais). É natural que ele como senador defenda o seu Estado e vá conversar com o presidente", disse Alckmin.


Relação com Doria


O governador ainda voltou a dizer que sua relação com o afilhado político e prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), está "muito boa". Alckmin, porém, defendeu a realização da convenção nacional do PSDB em dezembro, considerada uma vitória política dele. "É um bom calendário", disse.


Doria, por sua vez, afirmou mais cedo, em entrevista à Rádio Bandeirantes, que a convenção deveria ser realizada em outubro. Ele e Alckmin disputam nos bastidores a indicação do partido para a Presidência da República em 2018.